Atenção! Novo cálculo da revisão da vida toda; como isso afetará sua aposentadoria em 2025

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou recentemente uma mudança importante nas regras de cálculo das aposentadorias pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conhecida como “revisão da vida toda”.

A revisão da vida toda, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), passará a vigorar em 2025, gerando diversas dúvidas entre os segurados. A mudança afeta o cálculo das aposentadorias pelo INSS, trazendo incertezas para muitos brasileiros. O impacto nos benefícios preocupa especialmente aqueles que tiveram altos salários no início da carreira.

O principal ponto de discussão é como essa alteração influenciará o valor final das aposentadorias. Com a inclusão das contribuições anteriores a julho de 1994, a revisão promete modificar a média salarial usada no cálculo dos benefícios. Essa alteração pode ser positiva para alguns, mas desfavorável para outros.

Para quem teve uma trajetória salarial irregular, os efeitos dessa mudança ainda não são totalmente claros. Por isso, os especialistas recomendam que os segurados se informem e simulem seus benefícios antes de qualquer decisão.

A revisão da vida toda altera o cálculo das aposentadorias, incluindo contribuições anteriores a 1994 e podendo reduzir o valor dos benefícios para muitos segurados.(Foto: Jeane de Oliveira /noticiasmanha.com.br).

O que muda com a revisão da vida toda?

Antes da decisão do STF, as contribuições anteriores a julho de 1994 eram desconsideradas no cálculo das aposentadorias. Isso prejudicava muitos trabalhadores que tiveram altos rendimentos nesse período. Com a nova regra da revisão da vida toda, essas contribuições passam a ser incluídas no cálculo.

A alteração impacta especialmente aqueles que tiveram salários elevados antes de 1994 e remunerações mais baixas nos anos seguintes. Agora, todo o histórico salarial será considerado, o que pode diminuir a média dos benefícios. Essa mudança pode gerar uma redução significativa no valor da aposentadoria.

Para muitos, o cálculo que antes excluía parte da vida contributiva agora apresenta um cenário menos favorável. O resultado é que alguns segurados podem receber um valor de aposentadoria menor do que o esperado.

Regras de transição para quem contribuiu antes de 1999

Para aqueles que ingressaram no sistema previdenciário antes de 1999, a revisão da vida toda traz mudanças expressivas. No entanto, ainda existe uma regra de transição em vigor. Nessa regra, são levados em consideração 80% dos maiores salários do trabalhador, desconsiderando 20% dos menores valores de contribuição.

Essa regra ainda é utilizada para os segurados que estavam no sistema antes da reforma previdenciária de 1999. Com a revisão da vida toda, o cálculo passa a incluir todos os salários, inclusive os anteriores a julho de 1994.

Para muitos segurados, essa inclusão pode significar uma redução nos valores dos benefícios, especialmente para quem tinha remunerações mais baixas no início da carreira. Por outro lado, aqueles que possuíam altos salários antes de 1994 poderão se beneficiar da mudança, com um possível aumento no valor final da aposentadoria.

Contribuintes após 1999: o fator previdenciário permanece

Para os trabalhadores que começaram a contribuir para o INSS após 1999, as novas regras da revisão da vida toda também trazem impactos importantes. Nesse caso, o cálculo do benefício continua sendo feito com base na média simples dos salários de contribuição ao longo de toda a vida laboral.

Entretanto, o fator previdenciário ainda se aplica, o que significa que, para aqueles que optarem pela aposentadoria antecipada, o valor do benefício poderá ser reduzido. O fator previdenciário é uma fórmula que leva em conta a idade do segurado, o tempo de contribuição e a expectativa de vida.

Esse mecanismo foi criado para desestimular aposentadorias precoces e, assim, reduzir o impacto financeiro no sistema previdenciário. Com a revisão da vida toda, o fator previdenciário continua a ser aplicado, o que pode resultar em benefícios mais baixos para aqueles que decidem se aposentar antes de completar a idade mínima exigida pela legislação.

Como será o cálculo da aposentadoria com a revisão da vida toda?

Com a decisão recente do STF, o cenário da “revisão da vida toda” foi definitivamente estabelecido. Os segurados que estavam no sistema antes de 1999 continuam a seguir a regra de transição, na qual 80% dos maiores salários são utilizados no cálculo do benefício.

Porém, agora as contribuições anteriores a julho de 1994 serão incluídas, o que pode alterar significativamente o valor da aposentadoria.

Para aqueles que começaram a contribuir para o INSS após 1999, o cálculo da aposentadoria será baseado na média simples dos salários de contribuição ao longo de toda a vida laboral. Esse regime não impõe limites de tempo para a avaliação das contribuições, e o fator previdenciário permanece como critério de ajuste para quem decide se aposentar de forma antecipada.

Impactos da revisão da vida toda em 2025

A revisão da vida toda promete causar grande impacto nas aposentadorias concedidas a partir de 2025. Muitos segurados poderão solicitar a revisão de seus benefícios com base nas novas regras, buscando incluir os salários anteriores a 1994 no cálculo do benefício.

Porém, é importante lembrar que essa mudança pode não ser vantajosa para todos. Em muitos casos, a inclusão dessas contribuições mais antigas pode reduzir o valor médio das aposentadorias.

Por isso, especialistas recomendam que os segurados façam simulações e análises detalhadas antes de solicitar a revisão da vida toda. O INSS deve disponibilizar ferramentas para facilitar essa simulação, permitindo que cada segurado avalie os impactos das novas regras sobre o seu benefício. O objetivo é garantir que o segurado faça a escolha mais vantajosa possível.

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A importância de se preparar para as mudanças

Com a reforma prevista para 2025, é essencial que os trabalhadores, especialmente aqueles próximos da aposentadoria, estejam atentos às mudanças e se preparem adequadamente. A revisão da vida toda representa uma mudança significativa nas regras previdenciárias, e seu impacto pode variar de acordo com o histórico de contribuição de cada segurado.

Portanto, é fundamental que cada trabalhador consulte um especialista ou advogado previdenciário para entender as melhores estratégias para maximizar seus benefícios. Essas alterações representam uma oportunidade para quem teve altos salários antes de 1994, mas também podem resultar em perdas para aqueles com contribuições mais baixas.

Assim, entender os detalhes da revisão da vida toda e como ela afeta o cálculo das aposentadorias é crucial para garantir uma aposentadoria mais tranquila e financeiramente segura.

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