Aposentadoria alternativa; Confira as opções para fugir do INSS

A aposentadoria é um dos assuntos mais importantes para quem planeja o futuro financeiro, e no Brasil, a maioria das pessoas associa esse benefício ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O INSS é o principal responsável por garantir uma renda para os trabalhadores que atingiram os requisitos de contribuição. Contudo, há outras formas de previdência disponíveis, que podem complementar ou até substituir o modelo oferecido pelo INSS.

O INSS é amplamente conhecido, mas há uma falta de compreensão sobre o seu funcionamento e sobre as alternativas existentes no mercado. A previdência privada e os fundos de pensão são alguns exemplos de soluções que oferecem mais flexibilidade.

Além disso, essas opções permitem maior controle sobre o valor da aposentadoria, algo que muitos brasileiros desconhecem. Para aqueles que desejam diversificar suas formas de garantir uma aposentadoria segura, essas alternativas são um caminho interessante a ser considerado.

Após cumprir os requisitos, o trabalhador pode solicitar a aposentadoria, cujo valor é calculado com base no histórico de contribuições e salários.(Foto: Jeane de Oliveira /noticiasmanha.com.br)

O funcionamento da aposentadoria pelo INSS

O regime de aposentadoria do INSS é baseado no sistema de repartição simples. Isso significa que os trabalhadores ativos contribuem mensalmente com uma porcentagem de seus salários, que é utilizada para pagar os benefícios dos aposentados. Em outras palavras, o dinheiro arrecadado hoje é utilizado para financiar as aposentadorias do presente, e não para acumular uma reserva individual.

Para se aposentar pelo INSS, é necessário cumprir certos critérios relacionados ao tempo de contribuição e à idade do trabalhador. Existem diversas modalidades de aposentadoria, como a aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, e por invalidez. Esses critérios variam conforme o tipo de trabalho exercido, gênero e as mudanças recentes implementadas pela reforma da previdência.

Após cumprir os requisitos, o trabalhador pode solicitar a aposentadoria, cujo valor é calculado com base no histórico de contribuições e salários. Contudo, muitos optam por complementar essa renda com previdências privadas, pois o benefício do INSS pode não ser suficiente para manter o padrão de vida.

Alternativas ao INSS: previdência privada e fundos de pensão

A previdência privada e os fundos de pensão são alternativas ao INSS, permitindo ao trabalhador acumular uma reserva financeira para a aposentadoria. Na previdência privada, os aportes são feitos em um fundo de investimento, cujo saldo pertence exclusivamente ao contribuinte. Diferente do INSS, onde as contribuições atuais pagam os aposentados, na previdência privada o valor é reservado para o próprio trabalhador.

A previdência privada tem duas principais modalidades: PGBL e VGBL, que diferem na tributação. O PGBL é ideal para quem declara o Imposto de Renda completo, pois permite deduzir as contribuições. Já o VGBL é indicado para a declaração simplificada, com imposto apenas sobre os rendimentos.

Os fundos de pensão são uma alternativa à previdência privada, oferecidos por grandes empresas ou categorias profissionais. Funcionam de forma semelhante, mas com contribuições da empresa e do trabalhador, o que aumenta o saldo da aposentadoria. São geridos por entidades ligadas às empresas.

Como contribuir para a previdência privada e os fundos de pensão

Para contribuir com a previdência privada, basta escolher uma instituição financeira que ofereça planos como PGBL ou VGBL e definir o valor das contribuições. O ideal é começar cedo, pois quanto mais tempo o dinheiro fica investido, maiores os rendimentos.

Os fundos de pensão, por outro lado, geralmente estão atrelados ao emprego ou à categoria profissional. Se a empresa onde o trabalhador atua oferece um plano de fundo de pensão, é possível optar por aderir e fazer contribuições mensais. Nesses casos, a empresa também costuma contribuir com um valor, o que torna esse tipo de plano bastante vantajoso.

É fundamental estar atento às regras de cada fundo de pensão, já que algumas modalidades podem exigir uma permanência mínima no plano para que o trabalhador possa usufruir dos benefícios. Além disso, ao atingir a aposentadoria, o trabalhador pode escolher entre diferentes opções de recebimento, como o pagamento único ou o parcelado.

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A importância da diversificação previdenciária

Mesmo que o trabalhador opte por contribuir para um fundo de pensão ou contratar um plano de previdência privada, ele ainda pode manter suas contribuições ao INSS.

Isso é importante, pois o INSS oferece benefícios como o auxílio-doença, a pensão por morte e a aposentadoria por invalidez, que não são oferecidos pelas alternativas privadas. Portanto, ter uma estratégia que envolva a previdência pública e privada pode garantir maior segurança e estabilidade financeira no futuro.

Contribuir para diferentes tipos de previdência permite ao trabalhador criar uma reserva complementar, garantindo uma aposentadoria mais confortável. Essa diversificação é essencial para quem deseja ter mais controle sobre sua renda futura e manter o padrão de vida durante a aposentadoria.

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