Jornada de trabalho de apenas 4 dias na semana é APROVADA nas empresas; entenda

Empresas no Brasil adotam semana de trabalho de 4 dias após teste bem-sucedido. Veja como a mudança impactou a produtividade e o ambiente de trabalho.

A iniciativa de implementar uma jornada de trabalho de quatro dias por semana tem ganhado popularidade e aprovação em diversas empresas no Brasil.

Recentemente, um projeto piloto foi conduzido para avaliar os efeitos dessa redução na carga horária sobre a produtividade, a saúde dos colaboradores e o desempenho financeiro das organizações.

O resultado foi tão positivo que várias empresas decidiram adotar permanentemente essa nova dinâmica de trabalho. Confira a seguir.

Jornada de trabalho.
A jornada de trabalho de 4 dias foi aprovada por várias empresas brasileiras. Entenda os efeitos dessa mudança e como ela foi implementada. (Foto: Jeane de Oliveira / Noticiadamanha.com.br).

Jornada de trabalho será de apenas 4 dias na semana?

O projeto piloto, conduzido pela “4 Day Week Brazil” em parceria com a “4 Day Week Global”, envolveu 21 empresas inicialmente, mas foi concluído por 19, com a participação de 252 colaboradores.

A proposta era manter o mesmo salário e os níveis de produtividade, mas com uma carga horária reduzida, dando aos funcionários um dia de folga adicional.

Entre os benefícios observados, destacaram-se o aumento da energia e disposição dos trabalhadores, além de uma maior produtividade.

A maioria das empresas participantes relatou uma melhoria na relação entre líderes e equipes, com quase metade dos funcionários indicando uma melhora significativa.

Além disso, mais de 65% dos participantes afirmaram sentir um maior comprometimento com a empresa, e muitos destacaram que não trocariam de emprego nem por um salário maior, se isso significasse voltar a uma semana de cinco dias.

Veja também: Saque de até R$ 6.000 está disponível no App Caixa

Resultados do teste

Os resultados financeiros do projeto também foram encorajadores. Cerca de 72,7% das empresas relataram aumento na receita, enquanto 63,6% observaram um crescimento nos lucros.

Todavia, é importante notar que esses resultados financeiros não podem ser atribuídos exclusivamente à mudança para uma semana de quatro dias, pois outros fatores também influenciam o desempenho econômico.

Outro ponto positivo foi a melhora na atração de talentos. 66,7% das empresas notaram uma maior capacidade de atrair novos colaboradores, o que indica que a jornada reduzida é um diferencial competitivo no mercado de trabalho.

A rotatividade de funcionários permaneceu estável em 75% das empresas e diminuiu em 25%, e muitas organizações também relataram uma redução nas faltas injustificadas.

Apesar dos benefícios, o estudo também revelou desafios. Cerca de um terço das empresas precisou reforçar suas equipes para atender às demandas do novo modelo de trabalho.

Isso se deu principalmente para garantir que a produtividade não fosse afetada pela redução dos dias de trabalho.

Como funcionou o teste?

As empresas participantes tiveram a liberdade de escolher como implementar a semana de quatro dias. Algumas optaram por conceder uma folga fixa, geralmente às sextas-feiras, enquanto outras preferiram um sistema de rodízio para manter a operação contínua, especialmente em setores que exigem atendimento ao cliente ou operações constantes.

Essa flexibilidade na implementação permitiu que as empresas adaptassem o modelo às suas necessidades específicas, garantindo que a transição fosse suave e que os benefícios fossem maximizados.

O sucesso do projeto piloto levou oito das empresas a adotar permanentemente a semana de quatro dias, enquanto outras sete decidiram estender o teste até o final do ano para uma avaliação mais aprofundada dos impactos a longo prazo.

Nenhuma das empresas optou por retornar ao modelo tradicional de cinco dias, o que indica uma aceitação geral da nova dinâmica.

A experiência brasileira reflete uma tendência global, com projetos semelhantes já realizados em países como Reino Unido, Irlanda, Austrália e Estados Unidos.

O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a experimentar essa mudança, e os resultados indicam que a jornada de trabalho reduzida pode se tornar uma prática mais comum no futuro.

Veja também: É grana que falta? Concurso com 900 vagas e salários ACIMA de R$ 20 MIL é lançado