Como funciona o novo RADAR PIRÂMIDE nas estradas?

Recentemente, motoristas em diversas partes do Brasil têm notado a presença de uma estrutura inusitada nas proximidades de radares de velocidade: uma pirâmide metálica instalada logo abaixo dos dispositivos de fiscalização.

Esse fenômeno tem gerado diversas especulações e dúvidas sobre a finalidade dessas novas instalações, especialmente em vias movimentadas como a Marginal Tietê, em São Paulo (SP), onde essas estruturas apresentam uma configuração peculiar com tiras metálicas em forma de pétalas voltadas para baixo.

Como funciona o novo RADAR PIRÂMIDE nas estradas | Foto: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Desvendando o mistério das pirâmides de metal

Ao contrário do que se poderia imaginar, essas pirâmides não são uma evolução ou nova geração de radares de velocidade. Elas têm um propósito bastante específico e não estão relacionadas com a emissão de multas de trânsito. Essas estruturas metálicas são, na verdade, uma resposta criativa e eficiente ao problema crescente de furto de equipamentos eletrônicos utilizados na fiscalização e controle do trânsito.

A principal característica dessas pirâmides é que elas são vazadas na parte inferior, o que permite o acesso ao interior do equipamento por meio de uma fechadura lateral. Esse design inteligente facilita a manutenção e o acesso técnico aos dispositivos, sem comprometer a segurança do equipamento contra tentativas de furto.

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O alto custo dos radares e o desafio do furto de equipamentos

Os radares de trânsito são componentes essenciais para a segurança viária, contribuindo para a redução de acidentes em áreas críticas. No entanto, a tecnologia empregada nesses dispositivos tem um custo elevado, ultrapassando frequentemente o valor de R$ 150 mil.

Tal custo se justifica pela complexidade dos sistemas, que incluem câmeras de alta resolução, processadores avançados e uma série de componentes eletrônicos sensíveis.

Dada a valiosa composição desses radares, incluindo metais como cobre, cujo preço disparou nos últimos anos em virtude de fatores econômicos globais, não é surpreendente que esses dispositivos se tornem alvos atraentes para criminosos especializados no furto de equipamentos públicos.

A prática não apenas acarreta prejuízos financeiros significativos para os órgãos de trânsito mas também afeta diretamente a eficiência e a segurança do sistema viário, impactando serviços essenciais como telefonia, transporte e fornecimento de energia.

Impactos e medidas de contenção

A instalação ou substituição dos cabos e componentes roubados é uma operação que demanda mais de 12 horas de trabalho intenso, além de provocar transtornos significativos no fluxo do trânsito local.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e outros órgãos responsáveis buscam, por meio da introdução dessas estruturas piramidais, mitigar os riscos e as consequências decorrentes do furto de equipamentos, garantindo a continuidade e a eficácia da fiscalização viária.

Essa medida reflete o compromisso dos órgãos de trânsito com a manutenção da segurança e eficiência das vias, ao mesmo tempo que enfrentam desafios modernos com soluções inovadoras. A expectativa é que a adoção dessas estruturas não apenas reduza a incidência de furtos mas também assegure a operação ininterrupta dos sistemas de fiscalização, contribuindo assim para um trânsito mais seguro para todos.

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