Cesta básica subiu 26,1%, mas poder de compra aumentou caiu apenas 5% no Brasil em 10 anos

Nos últimos dez anos, o Brasil enfrentou uma realidade econômica desafiadora, especialmente no que diz respeito ao poder de compra da população e ao custo da cesta básica.

Uma análise detalhada revela que o preço da cesta básica tenha subido expressivamente, de 21% para 26,1% do rendimento médio habitual dos brasileiros.

Mas, a queda no poder de compra foi menos dramática do que inicialmente percebida, situando-se em torno de 5% no período entre 2013 e 2023.

A fatia do rendimento médio necessário para adquirir a cesta básica subiu de 21% para 26,1% entre 2013 e 2023. (Foto divulgação)
A fatia do rendimento médio necessário para adquirir a cesta básica subiu de 21% para 26,1% entre 2013 e 2023. (Foto divulgação)

Cesta básica subiu de preço? Entenda

Nos últimos anos, o Brasil vivenciou um expressivo aumento no preço da cesta básica, com um acréscimo de 26,1%, impactando significativamente no orçamento das famílias brasileiras. Esse aumento, mais do que uma estatística, representa uma mudança drástica na realidade diária de milhões de pessoas.

Composto por itens fundamentais como arroz, feijão, leite e carne, o custo da cesta básica elevou-se substancialmente, impondo um desafio ao poder de compra dos brasileiros.

Esse contexto de elevação de preços, em um cenário onde a inflação avança e os salários não acompanham na mesma proporção, afeta diretamente a capacidade das famílias de manter uma alimentação saudável e balanceada.

Este cenário é resultado de uma série de fatores econômicos, incluindo inflação e variações salariais, que influenciam diretamente na capacidade do cidadão médio de adquirir bens essenciais.

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A inflação no Brasil

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu quase 88% em uma década, mas a cesta básica, que inclui itens essenciais para o dia a dia da população, mais que dobrou no mesmo intervalo.

Em termos práticos, enquanto em 2013 era possível comprar um carrinho de supermercado com 13 produtos básicos e ainda sobrar troco com R$ 100, em 2023, essa mesma quantia compra apenas uma fração desses itens.

Esse fenômeno reflete não apenas as mudanças nos preços, mas também a complexidade da economia brasileira, que enfrentou períodos críticos como a crise econômica de 2015 e a pandemia de COVID-19, ambos contribuindo para elevações significativas da inflação.

Estes dados, ao serem analisados em conjunto, oferecem uma visão mais clara da realidade econômica brasileira, destacando a resiliência e os desafios enfrentados pelos cidadãos no cotidiano.

Poder de compra do brasileiro caiu?

Apesar de o rendimento médio mensal do brasileiro ter apresentado um leve aumento nominal, quando ajustado pela inflação do período, observa-se que esse crescimento não foi suficiente para acompanhar o aumento dos custos de vida, incluindo o preço da cesta básica.

A fatia do rendimento médio necessário para adquirir a cesta básica subiu de 21% para 26,1% entre 2013 e 2023, evidenciando uma redução de aproximadamente 5% no poder de compra.

Este declínio no poder aquisitivo significa que, apesar de os salários terem sido corrigidos pela inflação, eles não conseguiram manter o mesmo valor real, especialmente em face do aumento dos preços dos produtos essenciais.

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