AVC é mais comum neste tipo sanguíneo, diz pesquisa

Uma pesquisa recente revelou uma conexão surpreendente entre o tipo sanguíneo e o risco de acidente vascular cerebral (AVC) em indivíduos jovens. Publicado na revista Neurology, o estudo analisou dados de 48 estudos genéticos, abrangendo cerca de 17 mil pessoas com histórico de AVC e quase 600 mil sem registro da doença. Todos os participantes tinham entre 18 e 59 anos.

AVC é mais comum neste tipo sanguíneo, diz pesquisa | Imagem de Anna por Pixabay

Estes tipos sanguíneos estão mais propícios a terem AVC

Os cientistas focaram nos tipos sanguíneos A, B, AB e O, incluindo suas variações genéticas. Eles descobriram que uma variação no grupo sanguíneo A eleva o risco de AVC em 16%. Por outro lado, pessoas com tipo sanguíneo O têm um risco 12% menor. O grupo B também mostrou um aumento de risco de 11% comparado ao grupo de controle.

A causa exata dessa correlação permanece incerta. Os pesquisadores especulam que pode estar relacionada a fatores de coagulação do sangue, como plaquetas e células que revestem os vasos sanguíneos, e outras proteínas circulantes envolvidas na formação de coágulos.

Estudos anteriores já apontavam que indivíduos com tipo sanguíneo A possuem um risco maior de trombose venosa profunda.

Essas descobertas abrem caminho para mais pesquisas sobre o desenvolvimento do AVC. Elas podem orientar tratamentos preventivos, especialmente para episódios precoces de derrame.

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AVC é mais comum neste tipo sanguíneo, diz pesquisa | Imagem de Antonio Corigliano por Pixabay

Outras causas podem aumentar as chances do AVC

Além da genética, a prevenção do AVC envolve hábitos saudáveis e controle de fatores de risco. Medidas incluem manter a pressão arterial em níveis saudáveis, controlar o colesterol com uma dieta balanceada e exercícios regulares, adotar uma alimentação rica em frutas, vegetais e grãos integrais, e manter um peso saudável.

Outras práticas importantes são evitar o tabagismo e a exposição ao fumo passivo, moderar o consumo de álcool, e manter os níveis de glicose sob controle, especialmente em diabéticos. Consultas médicas regulares são essenciais para monitoramento da saúde e identificação precoce de fatores de risco.

Essa pesquisa reforça a complexidade do AVC e a importância de uma abordagem multifatorial para sua prevenção, considerando tanto fatores genéticos quanto hábitos de vida.

Quais são os sintomas mais comuns do AVC?

Os sintomas do acidente vascular cerebral (AVC) podem variar dependendo da área do cérebro afetada, mas existem sinais comuns que devem ser prontamente reconhecidos. Esses incluem:

  1. Paralisia ou Dormência no Rosto, Braço ou Perna: Geralmente ocorre de repente e afeta apenas um lado do corpo. Um dos sinais clássicos é a incapacidade de levantar ambos os braços e mantê-los elevados, com um dos braços caindo.
  2. Confusão ou Dificuldade para Falar: A pessoa pode apresentar súbita confusão, dificuldade para falar ou para entender o que está sendo dito.
  3. Problemas de Visão: Isso pode incluir visão turva, dupla, diminuída ou perda total de visão em um ou ambos os olhos.
  4. Dor de Cabeça Severa e Inesperada: Uma dor de cabeça súbita e intensa, que pode ser descrita como a “pior dor de cabeça da vida”, pode ser um sinal de um tipo de AVC conhecido como hemorragia cerebral.
  5. Problemas de Equilíbrio ou Coordenação: Isso pode manifestar-se como tontura, perda de equilíbrio ou coordenação, ou dificuldade para caminhar.

É crucial entender que um AVC é uma emergência médica. Se você ou alguém próximo apresentar algum desses sintomas, é essencial procurar ajuda médica imediatamente. O tratamento precoce pode reduzir significativamente o risco de danos cerebrais graves e melhorar as chances de recuperação.

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