Piores salários do Brasil: veja as profissões que pagam menos

Uma pesquisa recentemente conduzida pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) apontou que quase metade das habilidades dos professores do ensino pré-escolar, que possuem formação superior, enfrentam uma situação de remuneração significativamente inferior ao desejável no cenário brasileiro. No mesmo estudo, outras profissões de grande tradição também se mostraram subvalorizadas nos últimos anos. Acompanhe a leitura a seguir, e saiba mais dados sobre as profissões com os menores salários no país.

Uma pesquisa recentemente conduzida pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) apontou que quase metade das habilidades dos professores do ensino pré-escolar, que possuem formação superior, enfrentam uma situação de remuneração significativamente inferior ao desejável no cenário brasileiro. Na mesma pesquisa, outras profissões de grande tradição também se mostraram subvalorizadas nos últimos anos. Acompanhe a leitura a seguir, e saiba mais dados sobre as profissões com os menores salários no país.
Pesquisa da FGV aponta quais as profissões menos valorizadas no Brasil. — Foto: Reprodução / Freepik

Bem longe do ideal

Um recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) revela que 49% das competências da força de Professores do ensino pré-escolar, profissionais com ensino superior, recebem remuneração bem abaixo do ideal em território brasileiro.

Continue a leitura a seguir, e entenda mais detalhes sobre o que foi revelado na análise divulgada pela FGV.

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Professores de ensino pré-escolar são subvalorizados no Brasil

Este estudo foi conduzido pela economista e pesquisadora Janaína Feijó, com base em dados provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados no 2º trimestre de 2023 em todo o país.

A análise da FGV focou nas informações relativas a pessoas que exercem atividades em empresas privadas e exigem formação superior. A partir desses dados, foram identificadas as ocupações que registram os maiores e menores salários em solo brasileiro.

Estudo aponta outras profissões com baixa remuneração

De acordo com a pesquisa, o rendimento médio dos professores de pré-escola é de R$ 2.285 mensais. Na sequência, encontram-se outros profissionais da área educacional com salários na faixa de R$ 2.554, além de professores de artes, música e do ensino fundamental.

Outras ocupações que figuram na lista dos piores salários incluem físicos, astrônomos, assistentes sociais, bibliotecários e fonoaudiólogos.

Por outro lado, a relação das profissões mais bem remuneradas destaca médicos especialistas, com salários superiores a R$ 18 mil, matemáticos, geólogos, engenheiros mecânicos e desenvolvedores de software.

Valorização salarial em perspectiva

A pesquisa da FGV também analisou o comportamento dos salários dessas ocupações em comparação com o ano de 2012. Os resultados evidenciam que o rendimento médio dos professores experimentou um crescimento real ao longo da última década, embora a profissão permaneça subvalorizada.

Segundo Feijó, a pesquisadora responsável pelo estudo, “Apesar dos esforços para desenvolver pisos salariais, essas profissões ainda estão distantes dos rendimentos auferidos pelas mais bem remuneradas.”

Enquanto isso, o salário dos médicos especialistas, apesar de ser o mais elevado da lista, registrou uma queda de 13% nos últimos anos.

Profissionais que usam internet seguem em alta

No que diz respeito à valorização salarial, destaca-se o grupo dos desenvolvedores de páginas de internet e multimídia, que apresentou um rendimento médio 91% superior em relação a uma década atrás.

Feijó atribui esse crescimento tanto ao desenvolvimento tecnológico da sociedade quanto ao impacto da pandemia de Coronavírus.

A economista argumenta que “Durante a pandemia, as pessoas se viram obrigadas a utilizar a tecnologia para realizar compras e desempenhar suas atividades diárias, o que gerou uma pressão significativa para que as empresas aprimorassem suas ferramentas de trabalho e as tornassem mais tecnológicas.”

*Com informações do g1.

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