Por que o INSS ainda não me ligou? Telefonemas já começaram

Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm vivenciado uma mistura de alívio e apreensão. Com o intuito de agilizar processos e reduzir a longa fila de espera para perícias médicas, o INSS tem realizado contato direto com os segurados. No entanto, este procedimento tem se tornado um terreno fértil para atuações fraudulentas, levando inúmeros aposentados a questionar a legitimidade das comunicações recebidas e a temer por suas informações pessoais e financeiras.

Por que o INSS ainda não me ligou? Telefonemas já começaram
Quem recebe aposentadoria pelo INSS deve estar ciente das iniciativas para agilizar as perícias médicas. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br Foto: divulgação

Iniciativas implementadas recentemente pelo INSS

O INSS tem implementado iniciativas como o Atestmed, um sistema destinado a organizar e agendar perícias médicas, com foco em beneficiários à espera do benefício por incapacidade temporária, anteriormente conhecido como auxílio-doença. Este avanço visa otimizar os procedimentos e mitigar o acúmulo de solicitações pendentes, proporcionando um atendimento mais rápido e eficiente aos segurados que aguardam uma avaliação médica.

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Entretanto, a onda crescente de golpes tem sido um obstáculo significativo, intensificando a insegurança entre os beneficiários. Os criminosos têm aproveitado o cenário de ampliação de contatos entre o INSS e os segurados para aplicar fraudes, reforçando a necessidade de cautela por parte dos aposentados. O Instituto reitera que a comunicação oficial é realizada por meio do número (11) 2135-0135, uma linha que não aceita chamadas de entrada e não possui serviço de WhatsApp.

O temor dos beneficiários se amplifica pela proliferação de práticas ilícitas envolvendo o nome do Instituto, o que tem gerado incerteza e receio em relação à autenticidade dos contatos recebidos. Em caso de suspeitas, é crucial que os segurados busquem informação pelos canais oficiais do INSS, que operam de segunda a sábado, das 7h às 22h, horário de Brasília, e evitem o compartilhamento de dados pessoais sem a devida verificação da fonte.

Esta estratégia proativa do INSS visa, sobretudo, os segurados que aguardam por uma perícia médica há mais de 45 dias. No contexto atual, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas encontram-se na fila de espera, aguardando pela avaliação médica necessária para a concessão do benefício por incapacidade temporária.

Os beneficiários dispõem de um prazo de 180 dias, por meio do sistema Atestmed, para a concessão do auxílio, podendo realizar um novo pedido em até 15 dias caso a solicitação inicial seja negada. Para tanto, a documentação necessária pode ser enviada através do portal Meu INSS, disponível tanto em formato de aplicativo para sistemas Android e iOS, quanto em site, ou ainda pela Central 135.

Um alerta fundamental é de que o INSS nunca solicitará fotos, informações pessoais, como números de RG, CPF, contas bancárias ou senhas. Portanto, qualquer tentativa de obtenção destes dados deve ser tratada como suspeita, e, se confirmada como fraude, deve ser comunicada imediatamente ao Instituto, com a subsequente realização de um boletim de ocorrência.

Uso consciente dos serviços

Os esforços do INSS para dinamizar os processos e aproximar-se dos beneficiários são louváveis, contudo, a execução destas ações demanda conscientização e responsabilidade por parte dos segurados. A correta informação e a prudência nas interações com supostos representantes do Instituto são as chaves para garantir a segurança dos beneficiários e a efetividade das medidas implementadas pelo INSS.

Este cenário ilustra o desafio inerente à incorporação de novas práticas de atendimento em instituições de grande porte e de extrema importância social como o INSS. Equilibrar inovação e segurança, garantindo a integridade e o bem-estar dos beneficiários, é uma tarefa complexa que requer a colaboração consciente de todos os envolvidos no processo.

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