Curso para reabilitação profissional é oferecido em parceria entre INSS e Senac

Curso do Senac em parceria com o INSS – O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recentemente anunciou uma colaboração com o Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional (Senac) que visa à reabilitação profissional de aproximadamente 3 mil beneficiários no Nordeste brasileiro. O projeto surge como um novo marco na política de inclusão e preparo para o mercado de trabalho, mas também traz uma série de questionamentos. Afinal, como funciona essa nova aposta na qualificação profissional, e quais são suas reais implicações para os cidadãos?

Curso para reabilitação profissional é oferecido em parceria entre INSS e Senac
O INSS anunciou uma parceria com o Senac para capacitação profissional. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Iniciativa do Senac

A iniciativa, apoiada por Mirtha Mesquita, que atua na chefia do Serviço de Reabilitação Profissional da Superintendência Nordeste do INSS, busca oferecer aos beneficiários do INSS, sobretudo aqueles incapacitados para o trabalho ou portadores de deficiência, uma série de cursos técnicos e profissionalizantes. Esses cursos abordarão temas relacionados a bens e serviços, e o intuito é preparar esses indivíduos para uma efetiva reinserção no mercado de trabalho. Mesquita sinalizou que o esforço para a viabilização do programa foi imenso e que agora a expectativa é utilizar esta oportunidade para realmente mudar a vida dos beneficiários, dando-lhes as ferramentas para retornar ao dia a dia laboral.

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Além da oferta regular disponível no catálogo de cursos do Senac, o INSS tem a prerrogativa de solicitar cursos customizados para atender às demandas específicas de seu público-alvo. O acordo firmado entre as duas instituições também prevê a oferta de oficinas que abordam temas transversais, como saúde ocupacional, gestão do tempo, produtividade e prevenção de acidentes.

Quando se trata de reabilitação profissional, o programa é estruturado de forma a ser obrigatório para os beneficiários, independentemente de quanto tempo tenham contribuído para o sistema previdenciário. O processo é conduzido por uma equipe multidisciplinar de profissionais do INSS, que inclui desde terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas até psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. Esses especialistas são responsáveis por avaliar e orientar o desenvolvimento de habilidades que permitam ao beneficiário retornar à força de trabalho.

A pessoa que participa do programa continua recebendo os benefícios durante o período de reabilitação. Ao concluir o curso, é emitido um Certificado de Reabilitação Profissional, que passa a ser um facilitador para o ingresso em vagas de emprego específicas, conforme determinado pela legislação. Caso o processo seja bem-sucedido, a pessoa tem a opção de voltar para sua antiga ocupação ou ingressar em uma nova, conforme suas novas competências. No caso de insucesso na reabilitação, a aposentadoria por invalidez se torna uma possibilidade.

Vertente do programa

Uma vertente do programa oferece também assistência educativa ou reeducativa e de readaptação profissional como alternativa ao benefício por incapacidade temporária. Essa modalidade visa dar uma segunda chance no mercado de trabalho a segurados que não preenchem os requisitos do programa regular ou que almejam aprimorar seus conhecimentos. Os cursos dessa linha podem durar de dois a quatro anos e são oferecidos em instituições de ensino de nível superior.

Além de preparar os beneficiários para o mercado de trabalho, um dos principais benefícios desse tipo de assistência é a melhoria da qualidade de vida e redução de riscos sociais, econômicos, psicológicos e físicos. Toda essa estrutura visa à inclusão social e à mitigação dos índices de pobreza e desigualdade no país.

Por isso, enquanto a parceria entre o INSS e o Senac promete abrir novas portas para os beneficiários no Nordeste, resta acompanhar sua implementação e os resultados que irão surgir deste ambicioso projeto. É inegável que as expectativas são altas e que os desafios para sua efetivação não são poucos, mas o otimismo prevalece na busca por uma inclusão mais eficaz e justa.

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