Lula joga balde de água fria em mais de 20 milhões de beneficiários do CadÚnico

O que houve com o CadÚnico? Em um movimento que desafia as expectativas de ajustes sociais, o governo federal indica que não haverá aumento no valor do Bolsa Família para o ano de 2024. Além disso, a estratégia parece apontar para uma redução no número de beneficiários do programa. Paulo Bijos, secretário do Orçamento Federal, justificou a decisão como uma medida para manter a saúde das contas públicas em equilíbrio. O que está por trás dessas decisões e como elas afetam milhares de brasileiros? Aprofundemos nesta análise.

Lula joga balde de água fria em mais de 20 milhões de beneficiários do CadÚnico
O CadÚnico é essencial para a identificação de quem deve estar dentro do programa Bolsa Família. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Mudança envolvendo o CadÚnico

O plano de orçamento encaminhado ao Congresso Nacional revelou que não haverá revisão do valor base de R$ 600 por família, atualmente concedido pelo Bolsa Família. Essa quantia pode variar para mais ou menos, dependendo das condições de cada núcleo familiar beneficiado. Em alguns casos, as famílias chegam a receber mais de R$ 1.300, enquanto outras, sobretudo aquelas que entraram no sistema em um período de transição, sofrem um corte de 50% no valor do benefício. Dessa forma, a sinalização do governo é que esses valores devem permanecer inalterados ao longo de 2024.

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Segundo Paulo Bijos, a estabilidade no montante do Bolsa Família e a ausência de reajustes são consequências diretas da necessidade de se preservar a saúde financeira do país. O governo estaria, portanto, priorizando o equilíbrio das contas públicas em detrimento de um possível aumento no valor destinado aos beneficiários do programa.

Mas a estratégia não para na manutenção do valor do benefício. Bijos também confirmou que haverá uma continuação no processo de “pente-fino” para excluir da base de beneficiários as pessoas que não têm direito ao programa. Segundo ele, a ideia é garantir que apenas aqueles verdadeiramente elegíveis recebam o auxílio, liberando recursos para quem realmente necessita.

No que tange a outras políticas fiscais, como o Imposto de Renda, Bijos também foi enfático ao dizer que não há expectativas de aumento do valor da isenção para o ano de 2024. Segundo ele, eventuais mudanças seriam feitas de forma gradual e só aconteceriam nos anos subsequentes. Este é mais um indicativo de que o governo federal está focado em manter a estabilidade das contas, mesmo que isso signifique deixar de atender demandas sociais urgentes.

Valor defasado

Hoje, milhões de brasileiros dependem do Bolsa Família para complementar sua renda e muitos têm no programa a única fonte de sustento. A não atualização dos valores, aliada ao corte no número de beneficiários, pode trazer impactos sociais significativos. Além disso, a manutenção do valor da isenção do Imposto de Renda também afeta uma parcela da população que aguardava uma revisão dessa política.

Enfim, em meio a um ambiente econômico instável e demandas sociais crescentes, as recentes decisões do governo federal trazem preocupações sobre como o país vai equilibrar as necessidades da população com a responsabilidade fiscal. Neste contexto, fica evidente a importância do debate público e da participação da sociedade civil para buscar alternativas que possam conciliar os aspectos econômicos e sociais da nação.

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