Fugir do pedágio: veja o que acontece com o motorista que tenta escapar sem pagar

Fugiu do pedágio? Cuidado! Você já imaginou as consequências de passar por um pedágio sem efetuar o devido pagamento? Mais do que uma infração de trânsito, essa prática pode gerar acidentes e outras complicações. Neste cenário, tecnologias surgem como soluções para facilitar a vida dos motoristas.

Fugir do pedágio: veja o que acontece com o motorista que tenta escapar sem pagar
Os custos para pagar o pedágio podem variar dependendo do meio escolhido. Priscila Rangel/Agência Brasil

Nunca faça isso no pedágio

Evadir um pedágio, seja por falta de dinheiro ou por simples resistência ao pagamento, não é algo novo nas estradas brasileiras. Uma técnica recorrente, por exemplo, é o motorista posicionar seu veículo muito próximo ao da frente, de modo que, quando a cancela se abre, ele a cruza quase que simultaneamente ao veículo que pagou. Em outras situações, condutores mais audaciosos tentam a sorte atravessando pelas vias automáticas ou forçando a passagem pela cancela fechada, danificando por vezes o carro e elevando o perigo no local.

Veja também: Pedágio mais caro do Brasil passa por novo AUMENTO! Confira o valor

No entanto, esse tipo de ação não passa despercebida. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, especificamente em seu artigo 209, essa prática configura uma infração grave. O motorista que a comete recebe uma multa no valor de R$ 195,23 e acumula cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A penalização por evasão de pedágio pode ocorrer de duas maneiras. Uma delas é pela abordagem imediata de um agente de trânsito ou mesmo por funcionários da concessionária responsável pela praça de pedágio, resultando na entrega da notificação da infração diretamente ao condutor. Contudo, quando essa abordagem presencial não acontece e o registro do ato é feito por câmeras ou radares, a notificação é enviada ao endereço do proprietário do veículo, identificado pela placa.

Surge, então, uma importante observação: o proprietário do veículo não é necessariamente o infrator. Suponhamos que um veículo tenha sido emprestado a um terceiro e este tenha cometido a infração. Nessa circunstância, para que o verdadeiro infrator assuma a responsabilidade, é preciso que o proprietário do veículo realize a indicação do real condutor por meio de um formulário que acompanha a notificação de autuação, procedimento que deve ser realizado em até trinta dias.

Ficou sem dinheiro?

E se o problema for simplesmente a ausência de dinheiro? É essencial ressaltar que muitos pedágios hoje aceitam pagamento via cartão de crédito. Mas em situações em que o motorista se encontra desprovido de dinheiro e cartão, a solução não é evadir o pedágio, e sim dialogar. Ao comunicar o ocorrido ao funcionário da cabine, este geralmente orienta que o veículo seja estacionado de forma segura enquanto aguarda a chegada de um fiscal da concessionária, que fornecerá um formulário para pagamento posterior da tarifa, sem acréscimos ou taxas adicionais. Esse pagamento deverá ser realizado em até cinco dias em um caixa bancário.

Por outro lado, com o avanço tecnológico, novas alternativas têm sido desenvolvidas para facilitar a vida do condutor. A empresa Sem Parar, por exemplo, lançou um sistema de pagamento de pedágios via Bluetooth, através do aplicativo Sem Parar Pay. Uma vez cadastrado no serviço, o motorista consegue efetuar o pagamento diretamente em cabines manuais, tornando o processo mais ágil e evitando potenciais esquecimentos. Apesar de ainda não estar disponível em todos os estados, locais como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo já usufruem dessa inovação. E a tendência é que, em breve, essa facilidade se estenda a outras partes do Brasil.

Veja também: Pedágios ficarão mais baratos no Brasil: fake ou fato?