VITÓRIA da ciência! Suíço é o 6º homem a ser CURADO do HIV

Este homem foi curado do HIV – Um avanço médico significativo veio à tona em Brisbane, na Austrália, quando um homem na Suíça, agora conhecido como “Paciente de Genebra”, apresentou sinais de remissão do HIV após um transplante de medula óssea, tornando-se o sexto caso de cura da doença em todo o mundo. A particularidade desse caso, no entanto, está no fato de que diferentemente dos cinco casos anteriores, a medula óssea transplantada para o “Paciente de Genebra” não possuía uma rara mutação genética, conhecida como CCR5 delta 32, que torna as células do corpo resistentes ao HIV.

VITÓRIA da ciência! Suíço é o 6º homem a ser CURADO do HIV
O “Paciente de Genebra” se tornou o sexto no mundo a ser curado do HIV após um transplante de medula óssea. Foto: divulgação

Entenda o caso do paciente curado do HIV

A descoberta surpreendente foi revelada durante a Conferência IAS sobre Ciência do HIV 2023, realizada em Brisbane, na Austrália, na quinta-feira, dia 20. A realização do transplante de medula óssea foi a chave para a remissão do vírus no paciente suíço. Esse marco na medicina representa um novo paradigma na luta contra o HIV e lança um raio de esperança na busca de uma cura.

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A peculiaridade do caso do “Paciente de Genebra” reside na origem da medula óssea transplantada. Nos cinco casos anteriores de cura, todos ocorreram em decorrência de transplantes de medula óssea de doadores que portavam a mutação genética CCR5 delta 32. Esta mutação rara torna as células do corpo resistentes ao HIV. Esses casos foram registrados em Berlim, Londres, Dusseldorf, Nova York e no City of Hope.

No entanto, o caso do “Paciente de Genebra” distingue-se dos demais, pois a medula óssea transplantada não possuía a mutação CCR5 delta 32. Em teoria, isso tornaria as células do paciente ainda vulneráveis ao HIV. Surpreendentemente, 20 meses após a interrupção do tratamento antirretroviral, o vírus permanece indetectável em seu organismo.

O “Paciente de Genebra” convive com o HIV desde o início da década de 1990 e estava sob tratamento antirretroviral. Em 2018, submeteu-se a um transplante de medula óssea para tratar de uma leucemia, resultando em uma diminuição radical das células portadoras do HIV em seu corpo. Desde 2021, ele começou a diminuir progressivamente o consumo dos medicamentos antirretrovirais.

O paciente descreve a situação atual de forma empolgada: “O que está acontecendo comigo é magnífico, mágico, estamos olhando para o futuro”, expressou. De fato, essa reviravolta notável proporcionou uma nova esperança, não só para o “Paciente de Genebra”, mas também para a comunidade científica global.

Descoberta importante

O caso do “Paciente de Genebra” é uma descoberta importante para os pesquisadores, pois pode ser essencial para o desenvolvimento de novos métodos de combate e tratamento do HIV. Asier Saez-Cirion, Chefe da Unidade de Reservatórios Virais e Controle Imunológico do Institut Pasteur, comenta sobre a importância dessa descoberta.

“Embora este protocolo não seja transponível em larga escala devido à sua agressividade, este novo caso traz elementos inesperados sobre os mecanismos de eliminação e controle dos reservatórios virais, que serão importantes para o desenvolvimento de tratamentos curativos para o HIV”, explica Saez-Cirion.

Essa descoberta representa um marco significativo na luta global contra o HIV e provavelmente terá repercussões na maneira como a doença é tratada no futuro. Embora haja muito trabalho a ser feito e muitos desafios a serem superados, casos como o do “Paciente de Genebra” nos lembram de que avanços médicos extraordinários são possíveis e que a busca pela cura do HIV continua.

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