Por que você NUNCA deve segurar uma criança quando pular na piscina

Dicas para criança que quer entrar na piscina – Na tênue linha que separa os pais superprotetores daqueles que incentivam a autonomia dos filhos, uma escola de natação dos Estados Unidos, a SwimSRQ, gerou debate ao sugerir que as crianças sejam incentivadas a pular na piscina sem a imediata ajuda dos pais. Esta prática, contudo, é recomendada com a adoção de um sistema de sinalização. O objetivo é que as crianças aprendam lições cruciais sobre como segurar a respiração, a flutuação na água e a adequada posição do corpo debaixo d’água.

Por que você NUNCA deve segurar uma criança quando pular na piscina
Nadar na piscina pode ser uma atividade divertida e educativa para a criança, desde que haja supervisão adequada. Foto: divulgação

Criança sozinha na piscina?

No estado da Flórida, a SwimSRQ, que se autodenomina “a principal escola de natação em Sarasota”, divulgou um vídeo no Facebook que apresenta uma cena intrigante: um adulto conta “1-2-3”, seguido por um garotinho que pula na piscina com os braços estendidos. O adulto, por sua vez, dá um passo para trás quando a criança cai na água e depois se abaixa para guiar a criança em sua direção com os braços estendidos.

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Os primeiros instantes do salto do pequeno são seguidos por uma sutil acomodação do corpo na horizontal, antes de ele ser conduzido com segurança em direção ao adulto. O vídeo vem acompanhado da seguinte mensagem da SwimSRQ: “Pegar uma criança no ar priva-a da oportunidade de praticar como segurar a respiração, sentir a flutuação da água e estabelecer a posição horizontal do corpo”.

Entretanto, essa orientação gerou dúvidas em um usuário do Facebook que questionou se tal prática também deveria ser adotada com crianças que estão nadando pela primeira vez. A escola de natação respondeu que o pulo só deve ser incentivado quando a criança já se sente confortável debaixo d’água e sugere uma aclimatação gradual, começando durante o banho, no chuveiro e com submersões suaves na piscina.

A SwimSRQ também ressaltou a importância de a criança estar ciente do que está para acontecer. “Esta criança está sendo guiada por meio do verbal ‘1,2,3 abaixo’, bem como com os movimentos do braço. A criança sabe o que esperar e não há surpresas”, esclareceu a escola na postagem.

Conselho dos educadores

Ainda assim, a abordagem da escola de natação americana provocou reflexões e levou a Puddle Ducks, uma escola de natação do Reino Unido, a aconselhar os pais a não incentivarem saltos submersos sem a orientação e supervisão de um instrutor de natação qualificado.

Da mesma forma, especialistas em natação recomendam que, ao nadar com crianças pequenas, os pais devem permanecer próximos. A Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomenda “supervisão tátil” constante durante as atividades aquáticas com crianças. A marca de fraldas Pampers UK vai na mesma linha e sugere que as sessões de natação para adultos e crianças sejam sempre supervisionadas por profissionais, como a maneira mais segura de familiarizar o bebê com o ambiente da piscina.

Em meio à polêmica, uma coisa é clara: a segurança das crianças na água é uma preocupação primordial. Assim, seja permitindo que elas pulem na piscina por conta própria ou mantendo uma supervisão tátil constante, a meta é garantir que as lições de natação e as brincadeiras aquáticas sejam realizadas de maneira segura e benéfica para o desenvolvimento das crianças.

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