Apple é acusada de reduzir a vida útil do iPhone para obrigar TROCA

A vida útil do iPhone sem dúvidas é uma das maiores preocupações de quem é fã da empresa Apple e adquire este aparelho celular. Afinal, trata-se de um item consideravelmente caro.

Muitos destes fãs assíduos, porém, não sabem que este assunto tem sido alvo de uma investigação que vem sendo feita pela entidade francesa Hop (Halte à l’Obsolescence Programmée, ou Frente à Obsolescência Programada, em português) desde o final de 2022, uma vez que a entidade em questão acusa a empresa de tornar a vida útil dos aparelhos mais curta.

E tal denúncia possui fundamento: ela se baseia precisamente no fato de que o iFixit, que é o programa de reparos da marca, sempre exige que um número de série sobre o produto seja informado, para então liberar as peças necessárias para reposição. Ou seja: quando se trata de um iPhone que já saiu de linha ou não está mais disponível para venda por outro motivo, simplesmente não haverá nenhuma peça disponível para consertá-lo.

Assim sendo, depois de um determinado tempo o celular simplesmente não poderá mais ser consertado. E é justamente a este tipo de comportamento adotado pela indústria que se dá o nome de obsolescência programada.

Mais explicações sobre o que realmente é isso, e onde a Apple se encaixa em todo o contexto são encontradas a seguir.

Apple é acusada de reduzir a vida útil do iPhone para obrigar TROCA
Denúncia afirma que a curta vida útil do iPhone pode ser proposital | Imagem: blocks / unsplash.com

Entendendo o que é obsolescência programada

Muitas pessoas se perguntam sobre qual seria exatamente o problema no que diz respeito à Apple tornar a vida útil do iPhone menor. Porém, é preciso entender que a obsolescência programada nada mais é do que a decisão, por parte da marca, de fabricar um produto que está fadado a se tornar não funcional e obsoleto rapidamente, de modo a fazer com que o consumidor tenha que adquirir outro, mais recente.

Em uma primeira interpretação, pode-se entender que isso soa exagerado, uma vez que a empresa, teoricamente, pode tratar seus produtos da forma como desejar.

Porém, a interpretação muda quando se considera o lado do consumidor, que se vê forçado a comprar celular com determinada frequência, para garantir o mesmo nível de qualidade que tinha com o primeiro produto.

Muitas vezes, o iPhone mais simples já supre as necessidades do usuário. Porém, uma vez que ele deixa de funcionar como antes e não é possível encontrar peças para o conserto, a única saída é fazer outra compra.

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No que diz respeito exatamente à redução da vida útil do iPhone

Segundo o texto redigido pela Hop, uma vez que tem acesso aos números de série dos aparelhos, o programa iFixit pode utilizá-los para até mesmo eliminar a utilização de todas aquelas peças que não sejam originais da Apple, uma vez que elas não terão compatibilidade com o aparelho.

Uma peça retirada de um modelo de celular mais moderno, por exemplo, não serviria em um celular de modelo mais antigo, mesmo as peças sendo todas originais, o que limitaria o conserto, deixando-o restrito à própria Apple.

Aliás: trata-se de algo que é danoso não só para o consumidor, mas também para o meio ambiente, considerando as ferramentas que são enviadas para serem usadas nas trocas de cada peça.

A Apple ainda não recebeu nenhuma notificação a respeito de, supostamente, estar reduzindo a vida útil do iPhone. Porém, o Ministério Público de Paris segue fazendo a investigação das denúncias.

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