Quando ganha um entregador do iFood? Renda foi divulgada

Com o aumento da taxa de desemprego nos últimos anos, o número de pessoas que recorreram para trabalhar por conta própria cresceu bastante, alguns conseguem se formalizar e virar um MEI, contando com os benefícios trabalhistas que são disponibilizados para esse grupo de empreendedores. Contudo, há quem não consiga exercer uma profissão que se enquadre nas categorias para ser um MEI, nesses caso, é preciso recorrer ao trabalho autônomo sem garantias previdenciárias, como é o caso dos entregadores do iFood, por exemplo. E recentemente, os valores que eles recebem mensalmente foi divulgado e acabou chocando a todos, veja.

Confira o valor que um entregador do iFood ganha
Confira o valor que um entregador do iFood ganha – arquivo/ edição.

Qual a remuneração de um entregador ou motorista de aplicativo?

Esse tem sido um assunto bastante discutido, tanto pelas empresas quanto pelos próprios entregadores, mas está longe de se entrar em um denominador comum sobre o assunto. Isso ocorre por vários motivos, o principal é que não há um piso salarial para a categoria, então, eles irão ganhar conforme eles conseguem trabalhar. Então, aqueles que trabalham mais, conseguem ganhar mais dinheiro, mas ainda não é um valor justo.

De acordo com a entidade que representa a categoria, isto é, a Amobitec, os trabalhadores ganham cerca de R$ 5 mil por mês. Todavia, os dados apresentados foram confrontados por uma pesquisa realizada por estudantes de pós-graduação do curso de Direito, em uma universidade do Rio de Janeiro. 

Segundo outra pesquisa, em média, os motoristas ganham cerca de R$ 1.056 e R$ 1.672, após todos os descontos inerentes a gasolina e manutenção do veículo. Ao passo que os entregadores recebem cerca de R$ 480 e R$ 816 após todos os descontos. Valores esses que estão bem baixos se for comparar com a relação que havia sido apresentada pela entidade que representa a classe. 

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A luta é para que a categoria tenha acesso à previdência 

Atualmente, a principal luta é para que haja uma ‘revolução’ no setor, que atualmente encontra-se com bastante vulnerabilidade, por conta de vários fatores, mas os principais são a falta de benefícios e a falta de proteção social e previdenciária. Por exemplo, se um entregador ficar doente, ele acaba não tendo acesso a benefícios que ele teria caso trabalhasse com a carteira assinada. 

Além disso, diariamente, esses trabalhadores arriscam sua vida, seu veículo, além de gastar com combustível e a manutenção do transporte, tudo isso acaba reduzindo bastante a renda líquida no final.

Dito isso, há várias frentes parlamentares que estão buscando melhorias para o setor, que ficou bastante visível por exemplo, na época da pandemia, uma vez que como os consumidores não podiam ir até os restaurantes, os restaurantes iam até as pessoas. E quem fazia essa ponte? Exatamente, os entregadores. Agora, o objetivo central é que todos eles consigam ter os direitos trabalhistas que todos têm, além de um salário justo e uma maior regulação das plataformas que prestam esses serviços, pois elas acabam ficando com uma boa parte do lucro e deixando menos para quem realmente está nas ruas trabalhando diariamente. 

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