Leite contaminado nas prateleiras: veja quais marcas você deve evitar

Operação Leite Compen$ado revela detalhes alarmantes sobre fraudes em produtos lácteos. Entenda os impactos na saúde e como identificar marcas envolvidas

A recente fase da Operação Leite Compen$ado trouxe à tona uma realidade preocupante sobre o mercado de produtos lácteos no Brasil. Empresas renomadas foram flagradas adulterando seus produtos com substâncias perigosas, comprometendo a segurança alimentar de milhões de consumidores.

Entre as práticas criminosas identificadas, está o uso de ingredientes vencidos, soda cáustica e água oxigenada no processamento de leites e derivados.

A investigação, liderada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo gestores e técnicos da empresa Dielat (dielat.com.br), uma das principais envolvidas no esquema.

Leite contaminado nas prateleiras veja quais marcas você deve evitar
Marcas de leite são fraudadas, comprometendo a qualidade do produto – Crédito: freepik / Freepik

O esquema de adulteração

A fábrica da Dielat, localizada em Taquara, na região metropolitana de Porto Alegre, foi um dos principais alvos da operação. A investigação revelou a prática de adicionar soda cáustica e água oxigenada ao leite.

A soda cáustica é usada para reduzir a acidez do produto, enquanto a água oxigenada tem a função de mascarar a deterioração de ingredientes vencidos, prolongando sua “validade” de forma artificial.

Documentos apreendidos confirmam a existência de depósitos clandestinos onde eram armazenados produtos em condições inadequadas.

Esses itens, por sua vez, eram destinados à produção de leite longa vida, leite em pó e compostos lácteos, comercializados sob marcas como Mega Milk, Mega Lac, Tentação e Cootall.

Algumas dessas marcas chegaram até mesmo a ser distribuídas para programas de merenda escolar em cidades como Porto Alegre, Gravataí e Canela, além de serem exportadas para países como a Venezuela.

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Riscos graves à saúde pública

Consumir leite contaminado representa sérios riscos à saúde, incluindo intoxicação alimentar e exposição a substâncias potencialmente carcinogênicas.

A soda cáustica, por exemplo, é altamente corrosiva e pode causar danos ao sistema digestivo, enquanto a água oxigenada em doses elevadas é tóxica e pode afetar o funcionamento de órgãos vitais.

Além disso, a presença de pelos e sujeiras nas embalagens, identificada pelos fiscais, evidencia falhas graves nos controles de qualidade e biossegurança.

Especialistas alertam que as bactérias presentes em produtos vencidos, como a salmonela, representam uma ameaça adicional, especialmente para crianças, idosos e pessoas com sistemas imunológicos fragilizados.

Medidas de prevenção e fiscalização

Diante da gravidade dos fatos, as autoridades intensificaram as fiscalizações em outras unidades industriais e reforçaram o monitoramento dos produtos disponíveis nas prateleiras.

Consumidores são orientados a evitar as marcas envolvidas e a denunciar qualquer suspeita de irregularidade junto aos órgãos competentes, como o Procon.

O caso também reacendeu o debate sobre a transparência no setor de alimentos e a importância de uma rastreabilidade eficaz. As operações do Ministério Público continuarão nos próximos meses, buscando identificar outros envolvidos e garantir que as empresas responsáveis sejam punidas de forma exemplar.

Alerta aos consumidores

A fraude no setor lácteo, exposta pela Operação Leite Compen$ado, é um alerta para todos os consumidores brasileiros. Escolher produtos confiáveis e exigir maior rigor na fiscalização são passos essenciais para garantir a segurança alimentar.

Fique atento aos rótulos, pesquise sobre as marcas que você consome e priorize sempre sua saúde e a de sua família.