A enterocolite afeta o trato digestivo e pode gerar complicações sérias, como infecções e hemorragias. Saiba como identificar e tratar
Ravi, filho da influenciadora Viih Tube e do empresário Eliezer, recebeu alta após passar 20 dias internado devido a um quadro de enterocolite. A doença, que é caracterizada por inflamações no intestino delgado e no cólon, pode ser perigosa, especialmente em recém-nascidos.
O caso chamou atenção para a gravidade dessa condição, que exige diagnóstico precoce e cuidados médicos rigorosos.
O bebê, nascido em novembro, foi internado na UTI poucos dias após o nascimento, apresentando sinais de hemorragia intestinal. Segundo boletim do Hospital Israelita Albert Einstein, Ravi foi submetido a exames detalhados, como um cateterismo, para descartar outras condições.
O diagnóstico final revelou enterocolite, uma inflamação séria que pode levar a complicações graves, incluindo infecções abdominais e até perfuração intestinal.
Compreender os detalhes sobre essa doença é fundamental para garantir um tratamento eficaz e evitar complicações.
Enterocolite: inflamação dos intestinos
A enterocolite é uma inflamação que afeta simultaneamente o intestino delgado (íleo) e o intestino grosso (cólon). Essa condição pode ser causada por diversos fatores, como infecções bacterianas, alterações na flora intestinal, doenças inflamatórias ou até alergias alimentares.
Um tipo específico, conhecido como enterocolite necrosante, é mais comum em recém-nascidos, especialmente prematuros, e é considerado uma das doenças gastrointestinais mais graves nesse grupo.
Segundo especialistas, os sintomas variam conforme a gravidade do quadro. Em casos leves, os sinais incluem diarreia e dor abdominal. Já nas formas mais graves, podem surgir febre alta, presença de sangue nas fezes e sinais de infecção generalizada.
Em recém-nascidos, a condição pode evoluir rapidamente, exigindo cuidados intensivos.
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Diferença entre enterocolite e colite
Embora os termos sejam semelhantes, enterocolite e colite possuem diferenças importantes. A colite é uma inflamação restrita ao cólon, enquanto a enterocolite afeta também o intestino delgado.
Essa distinção reflete nos sintomas apresentados: a colite geralmente causa diarreia com sangue ou muco e dor abdominal localizada, enquanto a enterocolite pode incluir vômitos, febre e sinais de comprometimento sistêmico.
Ambas podem ser desencadeadas por infecções, condições autoimunes ou alterações na microbiota intestinal. O diagnóstico correto é essencial para determinar o tratamento adequado e evitar complicações.
Por que a enterocolite é perigosa para bebês?
A enterocolite é particularmente grave em recém-nascidos devido à imaturidade do sistema digestivo. No caso da enterocolite necrosante, que afeta prematuros, a alimentação enteral precoce e o desequilíbrio da microbiota intestinal são fatores de risco significativos.
Além disso, a condição é rara em bebês nascidos a termo saudáveis, mas pode ocorrer em situações de vulnerabilidade, como alergias alimentares severas.
De acordo com médicos, o diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações graves, como perfuração intestinal, infecções generalizadas e morte. Entre os sintomas mais comuns estão distensão abdominal, vômitos biliosos e alterações no padrão de evacuação, como fezes com sangue ou melena.
Tratamento da enterocolite inclui hidratação e ajustes na dieta
O tratamento depende da causa e da gravidade do quadro. Em casos leves, o manejo inclui hidratação oral e ajustes na dieta. No entanto, quadros mais graves, como a enterocolite necrosante, exigem internação hospitalar imediata. Nessas situações, o tratamento pode incluir:
- Jejum intestinal para evitar sobrecarga no sistema digestivo.
- Nutrição parenteral para garantir que o bebê receba nutrientes essenciais.
- Antibióticos intravenosos para combater infecções bacterianas.
- Cirurgia em casos de complicações severas, como perfuração intestinal.
O acompanhamento médico contínuo é indispensável para monitorar a evolução do quadro e prevenir novas crises. Pais e responsáveis devem buscar ajuda médica ao menor sinal de alerta.
O caso de Ravi: o que se pode aprender?
Ravi apresentou os primeiros sintomas de enterocolite ainda nos primeiros dias de vida, com evacuações acompanhadas de sangue. O diagnóstico foi confirmado por exames de imagem, que mostraram alterações significativas no abdome.
Apesar da gravidade da condição, o bebê recebeu tratamento adequado e não desenvolveu a forma necrosante, a mais perigosa da doença.
Viih Tube compartilhou a experiência como forma de alertar outras mães sobre a importância de observar os sinais e buscar ajuda médica imediatamente.
Durante a internação, Ravi recebeu cuidados intensivos, incluindo mudanças na dieta e acompanhamento rigoroso. Após a alta, ele segue em recuperação, sob orientação médica.
Cuidados para prevenir complicações
Embora a enterocolite não seja totalmente evitável, algumas medidas podem reduzir os riscos, especialmente em recém-nascidos:
- Amamentação exclusiva: o leite materno fortalece a imunidade e protege contra infecções intestinais.
- Evitar introdução alimentar precoce: o sistema digestivo imaturo pode reagir negativamente a certos alimentos.
- Monitorar sinais: pais devem estar atentos a sintomas como febre, distensão abdominal e evacuações anormais.
A enterocolite é uma condição séria que exige atenção e tratamento imediato. Casos como o de Ravi mostram como o diagnóstico precoce e os cuidados adequados podem salvar vidas, reforçando a importância do acompanhamento médico desde os primeiros dias de vida.