Entenda como ocorre a transmissão da dengue, os fatores de risco e a importância de combater o mosquito Aedes aegypti
A dengue é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. Com um aumento significativo nos casos nos últimos anos, as dúvidas sobre a transmissão da doença também crescem.
Muitas pessoas questionam se é possível contrair dengue pelo contato com outras pessoas ou se a única forma de transmissão ocorre por meio do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 2,3 milhões de casos de dengue foram registrados no Brasil nos primeiros meses de 2024. A combinação de calor intenso, chuvas frequentes e a circulação de sorotipos do vírus amplifica a preocupação, especialmente em regiões tropicais.
Mas será que a dengue é contagiosa?
Como ocorre a transmissão do vírus da dengue
A transmissão da dengue ocorre exclusivamente pela picada de mosquitos infectados, principalmente das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. Quando um mosquito pica uma pessoa infectada, ele pode se tornar um vetor do vírus e transmitir a doença ao picar outra pessoa saudável.
Além disso, o ciclo de infecção no mosquito dura de 8 a 12 dias, tempo necessário para que o vírus se multiplique no organismo do inseto. Após esse período, o mosquito permanece infectado pelo resto de sua vida, que pode durar algumas semanas.
Aproveite e confira também:
- Vamos ter muitos feriados em 2025? Confira as datas de folgas no próximo ano!
- ‘Jeitinho brasileiro’ para economizar energia: pague menos na conta de luz em 2025
- Salário mínimo salta para R$ 1.733 e faz a alegria dos trabalhadores pelo Brasil; veja
Transmissão mecânica: um caso raro
Embora raro, o Ministério da Saúde alerta para a possibilidade de transmissão mecânica.
Isso pode ocorrer quando o mosquito interrompe a alimentação em uma pessoa infectada e, imediatamente, pica outra pessoa próxima.
No entanto, esse tipo de transmissão é incomum e representa uma parcela mínima dos casos.
Afinal, a dengue é contagiosa?
A resposta direta é não. A dengue não é transmitida pelo contato direto entre pessoas, nem por meio de secreções, alimentos ou água. Apenas o mosquito vetor é capaz de transmitir o vírus.
Essa característica diferencia a dengue de outras doenças virais, como a gripe, que podem ser propagadas pelo ar ou pelo toque.
Por isso, é fundamental combater os criadouros de mosquitos para interromper o ciclo de transmissão.
Sintomas e riscos da dengue grave
Os sintomas clássicos da dengue incluem febre alta, dores musculares intensas, cansaço extremo, manchas vermelhas na pele e dor atrás dos olhos.
No entanto, em alguns casos, a infecção pode evoluir para a forma grave, caracterizada por dor abdominal intensa, vômitos persistentes, hemorragias e queda na pressão arterial.
A dengue grave pode levar à morte, especialmente se não for tratada rapidamente. Por isso, é essencial buscar atendimento médico ao menor sinal de complicação.
Mudanças climáticas influenciam aumento dos casos
O aquecimento global e o fenômeno El Niño são fatores que influenciam diretamente o aumento dos casos de dengue. O calor excessivo e as chuvas intensas criam condições ideais para a proliferação do mosquito, que encontra mais ambientes com água parada para depositar seus ovos.
Além disso, os mosquitos estão se adaptando a novas condições climáticas, o que tem ampliado a área de risco para regiões anteriormente não afetadas, como o sul do Brasil.
Como prevenir a dengue
A prevenção da dengue depende de ações conjuntas entre governos e população. Eliminar criadouros do mosquito é a medida mais eficaz. Aqui estão algumas orientações:
- Evite água parada: Tampe caixas d’água, limpe calhas e elimine recipientes que possam acumular água.
- Proteja-se: Use repelentes, instale telas em portas e janelas e prefira roupas que cubram o corpo.
- Colabore com agentes de saúde: Permita o acesso de profissionais às residências para identificar focos do mosquito.
- Inspeções regulares: Faça vistorias semanais em sua casa para garantir que não haja criadouros.
Vacinas contra a dengue
Em 2024, o Brasil iniciou a aplicação de vacinas contra a dengue em regiões prioritárias. A imunização é direcionada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com previsão de ampliação para outras faixas etárias futuramente.
Embora a vacina ofereça proteção significativa contra os sorotipos mais comuns, sua eficácia contra o sorotipo 4 ainda é incerta. Além disso, a vacinação não substitui a importância de medidas preventivas no combate ao mosquito.
Por que é importante desmistificar a transmissão da dengue
Desinformação pode gerar comportamentos inadequados e prejudicar o controle da doença. Entender que a dengue não é contagiosa ajuda a focar esforços no combate ao mosquito, que é o verdadeiro responsável pela transmissão.
A colaboração de todos é essencial para reduzir os índices de contaminação e evitar epidemias. Ao eliminar criadouros, proteger-se de picadas e apoiar campanhas de conscientização, cada indivíduo contribui para a proteção coletiva.
Assim, com ações eficazes e o engajamento da sociedade, é possível enfrentar o avanço da dengue e preservar vidas.