O MEI vai receber uma boa notícia: a possibilidade de lucrar mais precisar desvincular a empresa do Simples Nacional.
Microempreendedores Individuais (MEIs) aguardam ansiosamente por mudanças no limite de faturamento anual da categoria, que já está defasado há anos.
Desde a última atualização, em 2018, o teto permanece em R$ 81 mil, dificultando a permanência de muitos empreendedores no modelo simplificado. Essa expectativa ganhou força com a tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLP 108/21), que sugere um aumento significativo no limite de faturamento.
A possibilidade de um reajuste tem gerado debates e incertezas, especialmente sobre quando e como essas mudanças poderão ser implementadas, trazendo benefícios para os pequenos negócios.
Qual o limite de faturamento atual do MEI?
Atualmente, o limite de faturamento anual para MEIs é de R$ 81 mil, valor que está em vigor desde 2018. Esse teto foi definido para oferecer condições fiscais simplificadas a pequenos empreendedores, permitindo-lhes pagar tributos reduzidos e acessar benefícios como cobertura previdenciária.
No entanto, com o passar dos anos, esse valor não acompanhou o aumento do custo de vida e da inflação, o que prejudicou a competitividade e a flexibilidade financeira de muitos negócios. Por exemplo, para empreendedores que trabalham com sazonalidade ou enfrentam aumentos repentinos de demanda, o teto atual pode ser um obstáculo.
Isso ocorre porque, ao ultrapassar o limite, eles são obrigados a migrar para outro modelo tributário, como o Simples Nacional, que possui uma carga de impostos mais alta e processos mais complexos. Essa transição pode ser difícil, especialmente para quem está no início ou meio da trajetória empreendedora.
A defasagem do limite também criou um cenário em que muitos MEIs precisam restringir suas atividades ou evitar oportunidades de crescimento para não estourar o teto. Esse contexto reforça a urgência de atualizar o valor e ajustá-lo às necessidades reais dos pequenos negócios no Brasil.
Saiba mais: Sou MEI e estou com o nome no vermelho: posso fazer empréstimo para pagar a dívida?
O que acontece se o microempreendedor supera esse limite?
Quando o faturamento de um MEI ultrapassa o limite anual de R$ 81 mil, ele enfrenta consequências diretas. A principal delas é a obrigatoriedade de migrar para outro regime tributário, como o Simples Nacional.
Essa mudança implica em uma maior complexidade no pagamento de tributos e no cumprimento de obrigações fiscais, além de aumentar os custos para o empreendedor. Isso pode dificultar a continuidade do negócio, especialmente para aqueles que estavam no início de suas operações.
Além disso, há o risco de penalidades caso o faturamento exceda o limite sem a devida regularização. Isso inclui multas, a necessidade de pagar a diferença de impostos retroativos e até a exclusão do CNPJ como MEI. Portanto, para evitar problemas, é essencial que o microempreendedor mantenha um controle rigoroso sobre suas finanças e atue de forma planejada.
Fique atento: Malha fina: Receita Federal libera nova fase de consulta — veja se você está na lista
Limite de faturamento do MEI vai aumentar em 2025?
A possibilidade de aumentar o limite de faturamento do MEI está vinculada ao Projeto de Lei Complementar 108/21, que propõe elevar o teto para pelo menos R$ 130 mil. Durante a tramitação do projeto, foi sugerido também um reajuste anual do limite baseado na inflação acumulada.
Segundo cálculos recentes, o novo valor poderia alcançar R$ 144.913, mas isso ainda depende da aprovação final no Congresso Nacional e da sanção presidencial.
Caso aprovado, o aumento do limite representará uma grande vantagem para os empreendedores que atualmente enfrentam dificuldades para permanecer no regime simplificado. Essa mudança permitirá que muitos negócios cresçam sem precisar migrar para regimes mais onerosos, incentivando o desenvolvimento econômico e fortalecendo a base de pequenos empreendedores no Brasil.
A confirmação da medida, no entanto, ainda depende de decisões políticas que envolvem discussões sobre o impacto fiscal para o governo.
Fique atento: Quer ganhar parte dos R$ 13 milhões da Nota Premiada? Veja como participar