Através do Repis Cidadão, o governo liberou uma forma bem mais fácil e cômoda de consulta ao pagamento do PIS/Pasep dos trabalhadores.
Cerca de 10,5 milhões de brasileiros ainda têm direito ao saque de valores esquecidos nas cotas do antigo Fundo PIS/Pasep. Esses recursos pertencem a trabalhadores com carteira assinada entre 1971 e 1988, bem como a seus herdeiros legais.
Após a extinção oficial do fundo em 2020, o montante foi transferido ao FGTS, mas a possibilidade de saque permanece ativa. Infelizmente, não são todos os trabalhadores que sabem dessa possibilidade ou estão vivos para receber os pagamentos.
No entanto, muitos beneficiários ainda não realizaram a retirada por falta de informação clara ou por desconhecimento do seu direito. Com o lançamento de uma nova plataforma, o governo federal busca facilitar o acesso a esse dinheiro.

Neste artigo, você confere:
Qual a diferença das cotas do PIS/Pasep para o abono salarial?
As cotas do PIS/Pasep referem-se a valores acumulados no fundo entre 1971 e 1988, decorrentes das contribuições feitas por empresas para os programas de integração social e formação patrimonial dos trabalhadores de carteira assinada.
Esses valores pertencem ao trabalhador e não se confundem com benefícios salariais anuais. O abono salarial, por sua vez, é um pagamento anual, semelhante ao décimo terceiro, destinado a quem trabalhou por, no mínimo, 30 dias no ano-base, com remuneração de até dois salários mínimos.
O abono atual é vinculado ao exercício trabalhado mais recente e segue critérios diferentes, como o número de meses trabalhados no ano anterior e a média salarial. Já as cotas do antigo fundo não recebem novos depósitos desde 1989, sendo um valor acumulado que pode ser retirado apenas uma vez.
A distinção entre os dois benefícios é fundamental para evitar confusões entre os trabalhadores. O saque das cotas do extinto fundo é voltado exclusivamente a quem teve vínculo formal entre 1971 e 1988, enquanto o abono salarial se aplica a situações atuais, conforme as diretrizes do Ministério do Trabalho.
Quem pode sacar as cotas?
Têm direito ao saque todos os trabalhadores que exerceram atividades formais com carteira assinada ou como servidores públicos entre os anos de 1971 e 1988. Esses profissionais acumularam valores no Fundo PIS/Pasep, que ficaram disponíveis até a unificação com o FGTS e ainda podem ser retirados.
Além dos trabalhadores vivos, os herdeiros legais também podem solicitar o saque dos valores, desde que apresentem a documentação exigida. Essa documentação varia conforme o grau de parentesco, mas geralmente inclui certidão de óbito, documentos pessoais do falecido e comprovantes de vínculo.
Em todos os casos, o Ministério da Fazenda estabeleceu meios de consulta e saque acessíveis para garantir que ninguém fique sem receber aquilo que lhe é de direito. O valor médio disponível, segundo estimativas oficiais, gira em torno de R$ 2.800, podendo variar conforme a situação de cada trabalhador.
Saiba mais: Invisível no Instagram? Truques revelam se você foi restringido por outra pessoa
O que é o Repis Cidadão?
O Repis Cidadão é uma plataforma digital lançada pelo Ministério da Fazenda com o objetivo de centralizar a consulta e solicitação dos valores residuais das cotas do extinto Fundo PIS/Pasep. Criado em março de 2025, o sistema busca garantir agilidade, segurança e transparência ao ressarcimento.
A principal vantagem do Repis Cidadão está na unificação das informações em um único ambiente. O trabalhador, ao acessar a plataforma com seu login Gov.br, pode verificar se tem direito ao saque, entender o processo necessário para receber o valor e obter orientações específicas.
Além disso, o sistema exige níveis de segurança prata ou ouro na conta Gov.br para garantir a proteção dos dados pessoais e atender às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Esse cuidado adicional reforça a confiabilidade da ferramenta, tornando-a uma solução definitiva.
Quais dados estão disponíveis nele?
No Repis Cidadão, o usuário encontra informações detalhadas sobre sua situação em relação às cotas do Fundo PIS/Pasep. O sistema exibe se há ou não valores disponíveis para saque e apresenta o valor exato a ser retirado, quando houver.
A plataforma mostra ainda dados relacionados ao tempo de trabalho, às contribuições feitas no período e à origem dos valores. Com isso, o usuário pode compreender de onde vem o recurso disponível e por que ele tem direito à quantia. Isso evita dúvidas frequentes e torna o processo mais transparente.
Para os herdeiros, o sistema lista os documentos necessários para comprovar o direito ao valor, além de explicar como formalizar a solicitação. Essa função facilita o processo de sucessão e reduz as barreiras de acesso a recursos que pertencem legalmente à família do trabalhador falecido.
Veja mais: A qual benefício social do idoso posso ter direito? Veja a lista completa!
Como consultar o PIS/Pasep pelo Repis Cidadão?
A consulta pelo Repis Cidadão é simples e pode ser feita diretamente pelo site oficial com domínio do Gov.br. Ao entrar na página inicial, o usuário deve clicar no botão “Entrar com gov.br” e usar sua conta com nível de segurança prata ou ouro.
Após o login, o sistema irá exibir automaticamente se há valores disponíveis vinculados ao CPF informado. Caso o trabalhador tenha direito, o valor aparecerá na tela, junto com as instruções para realizar o saque o quanto antes.
O sistema informará ainda o prazo e o local para retirada, geralmente por meio de crédito em conta vinculada ao FGTS ou diretamente via Caixa Econômica Federal. O acesso direto elimina a necessidade de agências intermediárias.
Em situações em que o trabalhador tenha falecido, o herdeiro deve acessar a plataforma com seu próprio login e iniciar o processo de solicitação. A plataforma solicitará a documentação necessária e, após análise, liberará os valores se tudo estiver correto.
Saiba mais: Saiba como jogar na Mega-Sena pela internet e aumente suas chances de ganhar!