Muitos fãs de futebol em algum momento já se indagaram: “afinal, como a CBF ganha dinheiro?”. A resposta é mais simples do que aprece, mas ainda é interessante!
A Confederação Brasileira de Futebol, conhecida como CBF, representa a maior autoridade do futebol no Brasil. Responsável por organizar, regulamentar e fiscalizar as atividades do esporte no país, a entidade comanda as seleções nacionais, os campeonatos de nível nacional e atua diretamente com as federações.
Criada em 1914, a CBF possui sede no Rio de Janeiro e responde pelas decisões estratégicas que moldam o futebol brasileiro tanto dentro quanto fora dos gramados. Ao longo dos anos, a entidade acumulou influência e poder, tornando-se uma das mais relevantes do cenário esportivo nacional.
No entanto, sua estrutura e fonte de renda muitas vezes despertam curiosidade e até controvérsias. Com isso, torna-se essencial entender como a CBF gera seus recursos, administra seus lucros e remunera seus dirigentes; afinal, é muita grana!

Neste artigo, você confere:
CBF fatura R$ 1,17 bilhão em 2024
Em 2024, a Confederação Brasileira de Futebol alcançou um marco histórico ao registrar uma receita bruta de R$ 1,172 bilhão. Esse resultado, apresentado oficialmente à Assembleia Geral composta pelos presidentes das 27 federações estaduais, reflete um crescimento consistente nas operações financeira.
O superávit registrado no período foi de R$ 238 milhões, representando um crescimento expressivo de 66% em relação ao ano anterior. Esses números colocam 2024 como o ano mais lucrativo da história da CBF, consolidando o sucesso da atual gestão.
A maior parcela da arrecadação da entidade veio da combinação entre os contratos de patrocínio e os direitos de transmissão. Juntos, esses dois elementos ultrapassaram a marca de R$ 1 bilhão, sendo responsáveis pela maior parte da receita total.
Enquanto os valores oriundos de patrocínios somaram R$ 527,9 milhões, os direitos de transmissão alcançaram R$ 538,2 milhões. Esse aumento de 50,4% nos direitos de mídia foi fundamental para equilibrar outras perdas e manter o superávit elevado.
Ainda que tenha ocorrido uma leve retração nos patrocínios, a entidade conseguiu manter sua saúde financeira ao diversificar suas fontes de receita. Por outro lado, setores como bilheteria e premiações das seleções apresentaram queda relevante, passando de R$ 103,7 milhões para R$ 45,8 milhões.
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Valor ultrapassou os faturamentos do ano anterior
A comparação entre os resultados de 2024 e os de 2023 reforça o bom momento da CBF. No ano anterior, a entidade havia registrado uma receita bruta pouco inferior a R$ 1,1 bilhão, ficando quase R$ 100 milhões abaixo do valor atual.
Essa diferença, embora pareça pequena diante do montante total, representa uma variação significativa e sinaliza a evolução do modelo de negócios da instituição. Além disso, o aumento de 66% no superávit aponta para um controle mais rigoroso das despesas e um alinhamento entre receita e investimento.
Boa parte desse crescimento financeiro decorreu do fortalecimento dos direitos comerciais, especialmente no setor de transmissão. Em 2023, esses direitos haviam gerado R$ 357,7 milhões, enquanto em 2024 subiram para mais de R$ 538 milhões.
Esse salto impulsionou os números gerais e compensou quedas em outras áreas, como o recuo nos valores de patrocínio e bilheteria. Mesmo com desafios em alguns segmentos, a capacidade da CBF de gerar receitas recorrentes mostra resiliência e um planejamento estratégico consolidado.
Outro ponto de destaque foi o aumento nas despesas relacionadas à organização do futebol nacional. A CBF investiu R$ 527,4 milhões em ações voltadas ao fomento do esporte nos estados, superando os R$ 432,7 milhões aplicados em 2023.
Esse montante envolveu a realização de 21 competições e mais de 2.470 partidas, o que reforça o papel da confederação como promotora e financiadora do futebol em todos os níveis. A elevação dos gastos, mesmo diante da necessidade de manter o superávit, ilustra um equilíbrio entre investimento e sustentabilidade financeira.
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Afinal, como a CBF ganha dinheiro?
Para entender como a CBF obtém sua receita, é preciso considerar três grandes pilares: patrocínios, direitos de transmissão e competições. Juntos, esses elementos compõem o núcleo financeiro da entidade, que depende majoritariamente da exposição e da performance das seleções nacionais.
A cada contrato firmado com empresas patrocinadoras ou emissoras de TV, a confederação garante valores milionários que impulsionam suas finanças. Os contratos de patrocínio, por exemplo, envolvem marcas interessadas em associar sua imagem à Seleção Brasileira e às demais competições.
Apesar de uma leve queda em 2024, os valores continuam elevados, garantindo receita sólida. Já os direitos de transmissão cresceram substancialmente e confirmaram sua relevância para o caixa da instituição. Com a popularidade do futebol brasileiro, as transmissões seguem sendo valiosas.
Além disso, a CBF também arrecada com inscrições, taxas administrativas e outras fontes menores, como licenciamentos de produtos e parcerias institucionais. Embora esses valores não tenham o mesmo peso dos patrocínios e transmissões, eles complementam o orçamento.
E qual o salário do presidente da CBF?
Outro ponto que costuma despertar interesse é a remuneração do presidente da CBF. Nos últimos anos, os valores pagos ao dirigente máximo da entidade aumentaram consideravelmente, reforçando o peso e a importância do cargo. Em 2021, o salário dos presidentes ainda era de R$ 50 mil.
Entretanto, em 2024, esse valor subiu para R$ 215 mil, o que representa um aumento superior a 300% em um curto intervalo de tempo. Além do salário mensal, o presidente da CBF recebe uma série de benefícios que ampliam sua remuneração anual.
A entidade oferece não apenas o 13º salário, mas também pagamentos adicionais como o 14º, 15º e 16º salários, elevando ainda mais a cifra total ao final do ano. Esses valores chocam, especialmente quando comparados aos salários médios no Brasil, e tornam a presidência um dos cargos mais bem pagos.
Esse conjunto de remuneração e benefícios faz parte de uma estratégia da CBF para manter a liderança engajada e alinhada com seus objetivos. Embora controverso, esse modelo tem se mostrado eficaz na retenção de dirigentes e na continuidade de projetos de médio e longo prazo.
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