Perigo! Alimentos ultraprocessados causam + de 30 doenças graves – confira a lista

O consumo de alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, refrigerantes e embutidos, está associado a graves problemas de saúde.

Segundo estudos científicos, a ingestão frequente desses produtos pode contribuir para o surgimento de mais de 30 doenças, incluindo câncer, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Além disso, uma análise publicada no periódico The BMJ revelou que, a cada 10% de aumento no consumo desses alimentos, o risco de doenças crônicas cresce significativamente.

Entre 2008 e 2017, a ingestão de ultraprocessados aumentou 5,5% no Brasil, um dado alarmante que reflete mudanças nos hábitos alimentares da população. Atualmente, cerca de 19,7% das calorias consumidas diariamente no país provêm desses produtos.

Para especialistas, essa tendência exige ações urgentes para conscientizar a sociedade sobre os perigos relacionados ao consumo excessivo de ultraprocessados.

Perigo! Alimentos ultraprocessados causam + de 30 doenças graves - confira a lista
Entre as doenças que podem ser desencadeadas pelos ultraprocessados estão o câncer e a diabetes – Crédito: Freepik / freepik

Quais são os alimentos ultraprocessados?

Alimentos ultraprocessados são produtos industrializados feitos com ingredientes artificiais, como corantes, conservantes e realçadores de sabor. Eles passam por diversos processos químicos para melhorar a aparência, o sabor e a durabilidade, mas apresentam baixo valor nutricional.

Exemplos incluem:

  • Biscoitos recheados e salgadinhos de pacote.
  • Refrigerantes, bebidas energéticas e sucos adoçados.
  • Embutidos, como salsichas e presuntos.
  • Macarrão instantâneo e sopas prontas.
  • Produtos congelados, como nuggets e pizzas prontas.

Esses produtos são frequentemente ricos em calorias, gorduras saturadas, sódio e açúcares adicionados, mas pobres em fibras, vitaminas e minerais essenciais.

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Problemas de saúde associados aos ultraprocessados

Estudos científicos apontam uma ligação direta entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o surgimento de doenças graves. Entre os problemas de saúde identificados, destacam-se:

  1. Doenças cardiovasculares: aumento de 50% no risco de morte.
  2. Câncer: relação com câncer de mama, colorretal e outros tipos.
  3. Diabetes tipo 2: elevação de 12% no risco a cada 10% de aumento no consumo.
  4. Transtornos mentais: maior incidência de ansiedade e depressão.
  5. Obesidade e excesso de peso: aumento de 55% no risco.

Outros problemas incluem asma, colite ulcerativa, doenças do fígado e complicações no sono. Além disso, estudos indicam que esses alimentos podem causar inflamações sistêmicas e desequilíbrios na microbiota intestinal, agravando diversas condições crônicas.

Lista de doenças associadas aos ultraprocessados

Os alimentos ultraprocessados estão diretamente relacionados a uma ampla gama de problemas de saúde. Confira as principais doenças identificadas:

  1. Mortalidade por todas as causas
  2. Mortalidade por câncer
  3. Mortalidade por doenças cardiovasculares
  4. Mortalidade por problemas cardíacos
  5. Câncer de mama
  6. Câncer colorretal
  7. Câncer pancreático
  8. Câncer de próstata
  9. Tumores do sistema nervoso central
  10. Leucemia linfocítica crônica
  11. Ansiedade
  12. Depressão
  13. Transtornos mentais comuns
  14. Asma
  15. Chiado no peito
  16. Problemas de sono
  17. Desfechos cardiovasculares combinados
  18. Hipertensão arterial
  19. Hipertrigliceridemia
  20. Colesterol HDL baixo
  21. Obesidade abdominal
  22. Síndrome metabólica
  23. Hiperglicemia
  24. Doença hepática gordurosa não alcoólica
  25. Diabetes tipo 2
  26. Excesso de peso
  27. Sobrepeso
  28. Obesidade
  29. Doença de Crohn
  30. Colite ulcerativa

Essa lista reflete um panorama alarmante sobre os impactos dos ultraprocessados na saúde humana, reforçando a necessidade de ações para reduzir seu consumo.

Por que os ultraprocessados são tão prejudiciais?

Os alimentos ultraprocessados apresentam alta densidade calórica em pequenas porções, facilitando o consumo excessivo de calorias “vazias”.

Essas calorias, provenientes de açúcares e gorduras saturadas, promovem inflamações no organismo, contribuindo para o desenvolvimento de placas de ateroma nas artérias, que podem levar a infartos e derrames.

Além disso, esses produtos possuem grande quantidade de sódio e aditivos químicos, aumentando os riscos de hipertensão e alergias alimentares. Outro problema é o baixo consumo de alimentos frescos e ricos em nutrientes, que são essenciais para a prevenção de doenças.

Estratégias para reduzir o consumo de ultraprocessados

Substituir alimentos ultraprocessados por opções naturais ou minimamente processadas é fundamental para melhorar a saúde. Algumas dicas práticas incluem:

  1. Priorize alimentos in natura: frutas, legumes, grãos integrais e carnes frescas são ricos em nutrientes e livres de aditivos.
  2. Evite produtos industrializados: opte por alimentos caseiros em vez de refeições prontas.
  3. Leia os rótulos: identifique ingredientes nocivos, como açúcares adicionados e conservantes.
  4. Prepare refeições em casa: cozinhar com alimentos naturais ajuda a controlar a qualidade da dieta.
  5. Aposte em bebidas naturais: substitua refrigerantes por água, chás ou sucos naturais.

O papel das políticas públicas

Especialistas defendem políticas públicas mais rigorosas para limitar o consumo de ultraprocessados. Entre as propostas, estão:

  • Rotulagem clara: indicar se o produto é ultraprocessado para facilitar escolhas conscientes.
  • Proibição de publicidade infantil: evitar que crianças sejam influenciadas por propagandas de alimentos nocivos.
  • Tributação de ultraprocessados: aumentar os impostos sobre esses produtos e subsidiar alimentos saudáveis.
  • Educação nutricional: promover campanhas para ensinar a leitura de rótulos e a importância de uma dieta equilibrada.

Um alerta para todos

Os alimentos ultraprocessados representam um risco significativo para a saúde pública. Dados científicos comprovam sua relação com doenças graves, incluindo câncer, diabetes e problemas cardiovasculares.

Reduzir o consumo desses produtos e adotar uma alimentação mais natural são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças. Por isso, é urgente promover mudanças nos hábitos alimentares individuais e nas políticas públicas de saúde.