Desbloqueio facial: entenda o procedimento do INSS para liberação de benefícios

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está implementando novas medidas de segurança para evitar fraudes no pagamento de benefícios.

Uma das mais recentes é o desbloqueio facial, que pode ser exigido dos representantes legais dos beneficiários. Essa iniciativa surge como uma forma de garantir a transparência no processo de concessão de benefícios, além de aumentar a segurança nos pagamentos.

O desbloqueio facial, que já está sendo discutido como uma exigência para saque e administração dos recursos, tem levantado preocupações entre os representantes legais, que buscam entender como esse novo sistema funcionará na prática.

A verificação facial visa combater fraudes, confirmando a identidade de quem gerencia os benefícios. No entanto, há dúvidas sobre o impacto dessa medida para representantes legais, principalmente os responsáveis por pessoas incapacitadas. O INSS pretende, com isso, reforçar o controle sobre o uso dos recursos públicos.

A apresentação e atualização adequada da documentação pelo representante legal são fundamentais para garantir o saque eficiente dos benefícios do INSS.(Foto: Jeane de Oliveira /noticiasmanha.com.br)

A função dos representantes legais no saque de benefícios

Os representantes legais desempenham um papel crucial na administração dos benefícios para pessoas incapacitadas, como crianças ou adolescentes que não têm condições de gerir suas próprias finanças. Nesses casos, o responsável legal pode ser um dos pais, um tutor ou um curador, dependendo do que for determinado judicialmente.

O papel desse responsável não se limita ao saque do benefício; ele deve também garantir que os recursos sejam utilizados para atender às necessidades básicas do beneficiário, como alimentação, saúde e educação.

O representante legal deve apresentar ao INSS ou à instituição financeira documentos de identidade e comprovantes da relação com o beneficiário, como certidões de nascimento. A atualização desses documentos é essencial para manter a administração correta dos benefícios.

Represetantes legais precisam se adaptar

Com a introdução do desbloqueio facial, representantes legais precisarão se adaptar a essa nova etapa do processo.

O procedimento já está sendo utilizado para garantir a segurança em transações como o empréstimo consignado, em que o representante legal, mesmo não sendo o beneficiário direto, assume a responsabilidade pelo pagamento das parcelas.

Desde 2023, o desbloqueio facial passou a ser exigido para essa modalidade de crédito, reforçando o papel da tecnologia no combate ao uso indevido dos benefícios.

Desbloqueio facial pelo Meu INSS: um passo a mais na segurança

O desbloqueio facial para representantes legais pode ser feito pelo aplicativo Meu INSS, facilitando o processo para quem gerencia os benefícios de pessoas incapacitadas. Essa ferramenta foi implementada com o objetivo de modernizar e tornar mais acessível o atendimento oferecido pelo INSS, permitindo que muitos dos procedimentos sejam realizados de forma digital.

O desbloqueio facial funciona como uma forma de autenticar a identidade do representante legal, garantindo que apenas pessoas devidamente autorizadas possam acessar e administrar os recursos.

Esse procedimento traz mais segurança para o sistema, ao evitar fraudes e desvios de benefícios. O INSS reforça que o uso desse tipo de tecnologia é crucial para proteger os direitos dos beneficiários e garantir que os recursos sejam utilizados exclusivamente para suas necessidades. No entanto, representantes legais devem estar atentos às novas regras e exigências para não correr o risco de terem o benefício suspenso.

Fique atento às novas tecnologias

É importante destacar que, embora o desbloqueio facial aumente a segurança, ele também exige que os representantes estejam familiarizados com as novas tecnologias.

Para muitos, isso pode ser um desafio, principalmente para aqueles que não têm fácil acesso à internet ou que não estão acostumados a utilizar aplicativos.

Dessa forma, o INSS recomenda que esses representantes busquem auxílio nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou diretamente em uma agência do INSS para evitar problemas no processo.

Consequências do uso indevido de benefícios

O uso inadequado dos benefícios concedidos pelo INSS pode trazer sérias consequências, tanto para o beneficiário quanto para o representante legal.

Se forem detectadas irregularidades, o INSS pode suspender o pagamento do benefício, além de aplicar sanções legais ao representante responsável. Em casos mais graves, o uso indevido dos recursos pode configurar fraude, o que acarreta penalidades mais severas.

Por isso, é fundamental que o representante legal atue de forma ética e responsável, sempre utilizando os recursos em prol do beneficiário. O dinheiro recebido deve ser exclusivamente destinado às necessidades básicas do beneficiário, como saúde, alimentação, moradia e educação. Qualquer desvio dessa finalidade pode ser considerado uma violação dos direitos do beneficiário e levar à perda do benefício.

Garanta que tudo seja feito dentro das normas

Para garantir que tudo seja feito de acordo com as normas, o representante deve manter o cadastro do beneficiário sempre atualizado, informando ao INSS qualquer mudança na condição de saúde ou na composição familiar.

Isso é especialmente importante, pois essas informações são utilizadas para avaliar a continuidade da concessão do benefício e evitar possíveis fraudes.

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Importância da atualização do cadastro e da informação correta

Manter o cadastro atualizado é um dos pontos mais importantes para garantir a continuidade do pagamento dos benefícios. Alterações na condição de saúde do beneficiário ou na composição familiar podem impactar diretamente a elegibilidade para o recebimento do auxílio.

Por isso, os representantes legais devem estar sempre atentos às exigências do INSS e às convocações para atualizações cadastrais. O desbloqueio facial é mais uma medida adotada pelo INSS para aumentar a segurança na gestão dos benefícios.

Representantes legais precisam estar atentos a essa nova exigência e garantir que todos os procedimentos sejam seguidos corretamente. Com essas novas diretrizes, o INSS visa proteger os direitos dos beneficiários e assegurar que os recursos sejam utilizados de maneira adequada e transparente.

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