Alerta geral! O Pix não será mais o mesmo em todos os celulares; veja o que muda

O Banco Central anunciou, no dia 22 de julho de 2024, novas regras para o uso do Pix, o popular sistema de pagamentos instantâneos. As mudanças, que entram em vigor em 1º de novembro de 2024, visam aumentar a segurança dos usuários, reduzindo o risco de fraudes e golpes.

Essas alterações, previstas na Resolução BCB nº 403, foram criadas principalmente para proteger os clientes em casos de roubo ou perda de celulares.

O Pix pode sofrer mudanças em todos os celulares, de acordo com as informações atualizadas diretamente do Banco Central.
O Pix pode sofrer mudanças em todos os celulares, de acordo com as informações atualizadas diretamente do Banco Central – foto: noticiadamanha.com.br.

Cadastro obrigatório para novos dispositivos

A principal novidade das novas regras é a obrigatoriedade do cadastro de dispositivos móveis para transações via Pix.

A partir de novembro, quando um usuário tentar realizar uma transação de um celular que não foi previamente registrado, haverá um limite de valor para essas operações. Em dispositivos não cadastrados, as transferências terão um teto de R$ 200 por transação, com um limite diário de R$ 1.000.

Essa medida pretende dificultar a ação de criminosos que, ao roubar ou hackear um celular, conseguem acesso às contas bancárias dos usuários.

Ao limitar o valor das transações em dispositivos não reconhecidos, o Banco Central busca reduzir as chances de fraudes.

Como fazer o cadastro do dispositivo para Pix?

Para realizar transações acima desses limites, o usuário precisará cadastrar o novo dispositivo junto ao banco. Esse procedimento será simples e poderá ser feito diretamente pelos aplicativos bancários. Após o cadastro, o dispositivo estará liberado para realizar operações de valores maiores.

Esse processo de registro é uma etapa extra de segurança que trará mais tranquilidade aos usuários. Além disso, é importante manter o celular e as informações cadastrais atualizadas para evitar complicações no uso do Pix.

Você tem que saber disso:

Motivo das mudanças

O objetivo das novas diretrizes é claro: proteger os usuários contra fraudes. Com a popularização do Pix, o número de golpes envolvendo o sistema também aumentou. Criminosos têm utilizado diversas estratégias para roubar dados e realizar transferências fraudulentas, aproveitando-se, muitas vezes, de aparelhos não registrados.

Ao exigir o cadastro de dispositivos, o Banco Central impõe uma barreira adicional que impede a movimentação de grandes quantias por fraudadores que não possuem o controle total do aparelho.

O que muda para o usuário do Pix?

Para a maioria dos usuários, que utilizam o Pix em seus dispositivos habituais, as novas regras não devem causar grandes impactos.

A segurança será reforçada, mas a experiência de uso continuará prática e ágil. No entanto, quem troca de celular com frequência ou utiliza o sistema em diferentes aparelhos deverá ficar atento ao cadastro para não ter as transações limitadas.

Essa mudança pode trazer mais controle sobre as operações. Com o registro obrigatório, os usuários terão maior controle e visibilidade das transações, podendo identificar rapidamente qualquer movimentação suspeita. Além disso, o cadastro protege os dados sensíveis e dificulta o acesso indevido às contas.

Outras medidas de segurança

Além da exigência de cadastro de novos dispositivos, o Banco Central estabeleceu uma série de outras medidas para aumentar a proteção no uso do Pix. As instituições financeiras deverão adotar estratégias mais rigorosas de gerenciamento de risco. Isso inclui a implementação de tecnologias para identificar transações atípicas ou fora do perfil comum do usuário.

Essas iniciativas também obrigam os bancos a educar os clientes sobre segurança. Serão divulgados materiais explicativos, com orientações sobre práticas seguras e dicas para evitar golpes. Outra ação relevante é a realização de auditorias semestrais, que ajudarão a identificar fraudes e monitorar o cumprimento das regras.

As novas medidas não apenas aumentarão a segurança, mas também contribuirão para a confiança no sistema Pix.

As regras de cadastro de dispositivos e os limites para transações oferecem uma camada adicional de proteção, reduzindo consideravelmente as chances de fraudes. Para os usuários, isso significa um ambiente mais seguro para realizar pagamentos e transferências.

Além disso, a iniciativa melhora a percepção pública do Pix, fortalecendo-o como um meio de pagamento confiável e prático. Mesmo que seja necessário cadastrar um novo dispositivo, a tranquilidade proporcionada pela proteção extra compensa o pequeno esforço adicional.