É crime deixar criança e cachorro dentro do carro fechado? Veja os riscos

Em Gainesville, na Flórida, Estados Unidos, um caso chamou a atenção de um morador que passava por um estacionamento: uma criança foi encontrada sozinha e trancada dentro de um carro.

Após o acionamento da polícia, descobriu-se que a criança era filha de Darneshia Stephens, de 30 anos, funcionária do local. Este incidente levou à prisão de Stephens, posteriormente libertada, mas acusada de negligência infantil. Esse episódio nos leva a refletir sobre as leis e as consequências de tais atos, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

É crime deixar criança e cachorro dentro do carro fechado Veja os riscos | Imagem de Eddie K por Pixabay

Afinal, o que a lei brasileira diz sobre isso?

No Brasil, a legislação é clara ao considerar crime a ação de deixar uma criança sozinha dentro de um carro, configurando-se como uma situação de risco que pode levar à acusação de abandono de incapaz. Esta definição se aplica quando há intenção de colocar a vida ou a saúde da criança em perigo.

O dolo eventual, por outro lado, se caracteriza pela ausência de intenção de causar um resultado negativo, mas pela aceitação do risco de que ele ocorra, como deixar a criança no carro enquanto realiza outras atividades em locais distintos.

Importante destacar, contudo, que o simples esquecimento não é categorizado como abandono de incapaz, dado que não se enquadra na modalidade culposa da lei. Porém, isso não isenta o responsável de consequências legais, especialmente se o esquecimento resultar em lesões corporais ou morte da criança, podendo levar a penas de detenção que variam de seis meses a doze anos, dependendo da gravidade do resultado.

Além das implicações criminais, o abandono de incapaz pode acarretar sérias consequências no âmbito cível, como a perda da guarda ou do poder parental, evidenciando a gravidade de colocar a vida de uma criança em risco.

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Fique atento a este detalhe

Diante de um cenário onde uma criança é encontrada sozinha em um carro, a recomendação é contatar imediatamente as autoridades, como a Polícia Militar, Guarda Municipal ou Corpo de Bombeiros, que poderão prestar os primeiros socorros e tomar as providências necessárias.

Este cuidado também se estende aos pets, que, quando deixados em veículos fechados, podem sofrer sérias consequências para a saúde. Nesses casos, é aconselhável documentar a situação e contatar a polícia, visto que tais atos configuram maus-tratos segundo a legislação brasileira.

Por fim, além da atenção com crianças, a segurança no trânsito envolve outros cuidados essenciais, como o uso correto da cadeirinha para o transporte de menores, reforçando a importância de uma conduta responsável e atenta às leis para a proteção dos mais vulneráveis.

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Quais os perigos de ficar ‘preso’ dentro do carro?

Ficar preso dentro de um carro pode parecer uma situação improvável, mas quando ocorre, apresenta vários perigos, tanto imediatos quanto graduais, dependendo das circunstâncias e do ambiente em que o veículo se encontra.

Essas situações podem resultar de diversos cenários, como falhas mecânicas nas fechaduras ou sistemas eletrônicos, acidentes que comprometem a estrutura do veículo ou mesmo casos em que crianças ou pets são deixados inadvertidamente no carro.

Um dos riscos mais imediatos e graves é o da asfixia ou hipóxia. Em ambientes fechados, especialmente em veículos selados, o oxigênio disponível pode diminuir rapidamente, enquanto os níveis de dióxido de carbono aumentam devido à respiração.

Esse desequilíbrio pode levar a dificuldades respiratórias, perda de consciência e, em casos extremos, a morte por asfixia. A situação é particularmente perigosa em climas quentes, onde a temperatura dentro do carro pode aumentar rapidamente, exacerbando os riscos.

A hipertermia, ou o superaquecimento do corpo, é outra consequência perigosa de ficar preso em um carro, especialmente em dias quentes. A temperatura no interior de um veículo estacionado sob o sol pode subir rapidamente, atingindo níveis que causam estresse térmico severo, desidratação, insolação e falência de órgãos.

Em crianças e animais de estimação, cujos corpos regulam a temperatura de forma menos eficiente do que os adultos, os efeitos podem ser ainda mais rápidos e devastadores.

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