Demência pode dar estes sinais 10 anos antes de aparecer

Um estudo recente, divulgado no The Journal of the Alzheimer’s Association, trouxe uma descoberta potencialmente transformadora na detecção precoce da demência. Os pesquisadores, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, observaram que a redução da espessura da substância cinzenta cortical no cérebro pode sinalizar o risco de demência bem antes do aparecimento dos primeiros sintomas, como perda de memória, dificuldades na fala, escrita e compreensão.

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Demência pode dar estes sinais 10 anos antes de aparecer | Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Pesquisa revela sinais de demência (pode surgir 10 anos antes)

Esta pesquisa envolveu mais de 1.500 participantes, com idades entre 70 e 74 anos, que passaram por exames de ressonância magnética cerebral. A equipe do estudo analisou imagens cerebrais de uma década atrás, procurando padrões distintivos entre indivíduos que desenvolveram demência e aqueles que não.

Os achados revelaram uma correlação significativa entre camadas mais finas da substância cinzenta cortical e o declínio cognitivo, assim como o desenvolvimento de demência. Por outro lado, camadas mais espessas desta substância mostraram resultados mais promissores nos exames.

Esta descoberta abre um novo caminho para o diagnóstico precoce da demência. A possibilidade de identificar pessoas com alto risco de desenvolver a condição antes dos primeiros sinais pode permitir intervenções mais eficazes, incluindo terapias e mudanças no estilo de vida, potencialmente retardando a progressão da doença.

Claudia Satizabal, a principal autora do estudo, enfatiza que, embora mais pesquisas sejam necessárias para validar este biomarcador, os primeiros passos são promissores. Ela sugere que futuras investigações deveriam focar em fatores que contribuem para o afinamento da substância cinzenta cortical, como alimentação, exposição a poluentes, riscos cardiovasculares e genética.

Estudos e suas possíveis contribuições

Além disso, Satizabal aponta que as descobertas podem ser valiosas para reduzir custos em ensaios clínicos futuros, selecionando participantes com base nesse biomarcador. O passo seguinte é compreender melhor como a espessura da matéria cinzenta pode ser influenciada por fatores controláveis, como dieta e exercício, já que a pesquisa indica que essa característica não é estritamente determinada geneticamente.

Em resumo, este estudo traz uma contribuição significativa para a compreensão e detecção precoce da demência, abrindo caminho para intervenções mais oportunas e potencialmente eficazes no combate a esta condição.

Demência pode dar estes sinais 10 anos antes de aparecer | Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Estes são alguns dos sintomas

A demência é uma condição complexa que afeta o cérebro, impactando diversas funções cognitivas e comportamentais. Aqui está uma lista detalhada de sintomas comuns associados à demência:

  1. Perda de Memória: Um dos primeiros e mais notórios sinais é a dificuldade em lembrar de informações recentes, enquanto as memórias antigas permanecem intactas.
  2. Dificuldade em Tarefas Cotidianas: Pessoas com demência muitas vezes lutam para completar atividades diárias que antes realizavam facilmente, como cozinhar, fazer compras ou pagar contas.
  3. Problemas de Comunicação: Inclui dificuldades em encontrar as palavras certas, acompanhar conversas ou entender instruções.
  4. Desorientação no Tempo e Espaço: Indivíduos podem perder a noção de datas, estações do ano e até mesmo se desorientarem em locais familiares.
  5. Julgamento ou Raciocínio Prejudicados: Há uma diminuição na capacidade de tomar decisões lógicas, como vestir-se inadequadamente para o clima ou lidar mal com dinheiro.
  6. Dificuldades Visuais e Espaciais: Problemas em ler, julgar distâncias, e distinguir cores ou contrastes.
  7. Perda de Iniciativa e Motivação: Retraimento de atividades sociais, hobbies ou projetos, muitas vezes devido à perda de interesse ou apatia.
  8. Alterações de Humor e Comportamento: Inclui depressão, ansiedade, oscilações de humor, irritabilidade e até agressividade.

Estes sintomas podem variar e se desenvolver gradualmente. A detecção precoce e a intervenção podem ajudar a gerenciar melhor a condição e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados e de seus cuidadores.

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