Cannabis pode ser solução contra a Dengue, aponta estudo brasileiro

Um estudo conduzido no estado de Pernambuco revelou, recentemente, resultados promissores ao investigar o potencial do extrato da Cannabis sativa na interrupção eficaz do desenvolvimento da larva do mosquito Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças como a dengue, zika e outras arboviroses. Siga a leitura abaixo e entenda mais detalhes sobre a pesquisa.

Um estudo conduzido no estado de Pernambuco revelou, recentemente, resultados promissores ao investigar o potencial do extrato da Cannabis sativa na interrupção eficaz do desenvolvimento da larva do mosquito Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças como a dengue, zika e outras arboviroses. Siga a leitura abaixo e entenda mais detalhes sobre a pesquisa.
Pesquisa feita por brasileiros aponta resultados promissores contra larva do mosquito transmissor da Dengue ao se utilizar extrato de Cannabis. — Foto: Reprodução / Freepik

Erva contra o mosquito

Uma pesquisa realizada com Cannabis sativa em Pernambuco aponta que o extrato da planta se mostrou eficiente na inibição da evolução da larva do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e outras arboviroses.

O estudo, cujas conclusões são inéditas e promissoras, foi coordenado por Suelice Guedes, uma enfermeira especialista em oncologia e hematologia, sob a orientação da professora Sônia Pereira Leite. O corpo de pesquisadores que assina o estudo inclui Antônio Fernando, Tainá Maria e Paloma Lys.

A pesquisa foi realizada por meio do Programa de Pós-Graduação em Morfotecnologia, no Centro de Biociências da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), em colaboração com a Associação Aliança Medicinal, com autorização judicial para o plantio, cultivo e comercialização da cannabis sativa.

Entenda como foi a pesquisa

A especialista explicou que uma análise fitoquímica da cannabis foi realizada, examinando seus compostos, onde fizeram um extrato da planta e o expuseram a ovos e larvas do Aedes.

Os resultados foram notáveis, com as larvas se desenvolvendo normalmente até o terceiro estágio. A partir do quarto estágio, observaram-se mudanças significativas, e, ao examinar o microscópio, constataram que a membrana peritrófica, que protege o intestino das larvas, estava exposta.

A ruptura dessa membrana impediu a evolução normal da larva, impedindo-a de se transformar em mosquito. Guedes ressaltou que essa descoberta promissora ainda requer testes adicionais para a validação completa.

“Se os testes finais confirmarem esse efeito, teremos uma ferramenta promissora para o controle epidemiológico” – afirmou Suelice.

Opções crescem com a cannabis

Suelice faz parte da coordenação de pesquisa científica da Aliança Medicinal e afirma que essa pesquisa ajuda a abrir possibilidades para novos trabalhos científicos com a planta.

Pesquisas como essa envolvendo a cannabis abrem portas para outras investigações científicas relacionadas à planta. Ela enfatiza a importância de divulgar os benefícios medicinais dessa planta e explorar outras técnicas e experimentos.

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