Você está engordando? A culpa pode ser destas 6 doenças

Segundo comunicado divulgado recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foram apontadas projeções que indicam um aumento significativo no número de adultos com excesso de peso em escala global até o ano de 2025, com aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas. Dentre as diversas causas para se estar engordando, especialistas apontam seis doenças. Saiba quais são e como preveni-las, logo abaixo.

Segundo comunicado divulgado recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foram apontadas projeções que indicam um aumento significativo no número de adultos com excesso de peso em escala global até o ano de 2025, com aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas. Dentre as diversas causas para se estar engordando, especialistas apontam seis doenças. Saiba quais são e como preveni-las, logo abaixo.
Dentre as diversas causas que podem explicar o excesso de peso, especialistas apontam seis doenças. — Foto: Reprodução / Pixabay

Obesidade vira epidemia global

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um comunicado alarmante que classifica a obesidade como um dos principais desafios de saúde de nossa época.

As projeções indicam um aumento significativo no número de adultos com excesso de peso em escala global até o ano de 2025, com aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas enfrentando esse grave problema.

Desse grupo, cerca de 700 milhões serão categorizados como obesos, com um índice de massa corporal (IMC) superior a 30. Continue a leitura, logo abaixo, e saiba mais detalhes sobre os preocupantes dados divulgados.

Leia mais: Gordura e carboidratos: OMS faz alerta e pega muitos de surpresa

O Brasil na rota da crise da obesidade

O Brasil, assim como diversos outros países, não escapa da crise global de saúde relacionada à obesidade. Nos últimos treze anos, a taxa de obesidade no país cresceu alarmantemente, saltando de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.

Essa tendência ressalta a importância de compreender as causas subjacentes desse problema e como diferentes fatores, incluindo doenças crônicas, contribuem para seu avanço.

1. Hipotireoidismo: impacto no ganho de peso

O hipotireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide não produz hormônios tireoidianos em quantidade suficiente para atender às necessidades do corpo.

A tireoide desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo e no equilíbrio energético do organismo. Quando a tireoide funciona de forma insuficiente, o metabolismo desacelera, resultando em ganho de peso.

Os sintomas do hipotireoidismo abrangem fadiga, aumento de peso, pele ressecada, sensibilidade ao frio e depressão. O ganho de peso associado a essa condição geralmente se deve ao acúmulo de líquidos e à diminuição da taxa metabólica basal.

O tratamento envolve, com frequência, a reposição dos hormônios tireoidianos por meio de medicamentos prescritos por um médico.

2. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): influência hormonal nas mulheres

A síndrome dos ovários policísticos é uma condição que afeta o sistema reprodutivo feminino, caracterizada por um desequilíbrio hormonal.

Mulheres com SOP frequentemente apresentam níveis mais elevados de hormônios masculinos, como a testosterona, e níveis mais baixos de hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona.

A SOP pode levar ao ganho de peso devido a diversos fatores, incluindo resistência à insulina, que pode resultar em aumento dos níveis de açúcar no sangue e maior acúmulo de gordura.

Além disso, as alterações hormonais podem afetar o apetite e o metabolismo, tornando mais desafiador para as mulheres com SOP controlar o peso. O gerenciamento dessa condição frequentemente inclui ajustes na dieta, prática de atividade física e, em alguns casos, medicamentos para controlar os sintomas.

3. Doenças adrenais: cortisol e sua influência no peso

As doenças adrenais impactam diretamente nas glândulas suprarrenais, responsáveis pela produção de hormônios como o cortisol. Essas glândulas desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo, do sistema imunológico e na resposta ao estresse.

Níveis acima da média de cortisol podem ser causados por conta de distúrbios envolvendo as glândulas suprarrenais, o que, por sua vez, pode resultar em ganho de peso.

A síndrome de Cushing é um exemplo de condição relacionada às doenças adrenais que pode causar obesidade.

Ela se caracteriza pelo carga alta de cortisol presente no organismo, causando o acúmulo de gordura, especialmente na região do abdômen. O tratamento frequentemente envolve a correção da produção de cortisol pelas glândulas suprarrenais e a perda de peso.

4. Insônia

A insônia é um transtorno do sono que impacta tanto a qualidade quanto a quantidade do sono de um indivíduo.

Além de afetar a saúde mental e o bem-estar, a insônia pode influenciar o peso corporal. Estudos demonstraram que a falta de sono adequado pode perturbar o metabolismo e os hormônios que regulam o apetite.

A privação de sono pode desencadear um desequilíbrio hormonal que resulta em um aumento do apetite, especialmente por alimentos ricos em calorias e açúcares.

Além disso, a fadiga decorrente da insônia pode reduzir a motivação para realizar atividades físicas. Como resultado, pessoas que sofrem de insônia têm uma probabilidade maior de ganhar peso.

5. Depressão

A depressão é um comprometimento da saúde mental considerado grave e que tem afetado milhões de pessoas em todo o planeta. Além dos sintomas emocionais e psicológicos, a depressão também pode causar impactos físicos significativos, incluindo ganho de peso.

Muitas pessoas que sofrem de depressão recorrem à comida como uma forma de autocompaixão ou consolo. O que pode desencadear práticas pouco saudáveis como consumo excessivo de calorias e ao ganho de peso não saudável.

Além disso, a depressão pode afetar o funcionamento do sistema endócrino, incluindo a regulação dos hormônios que controlam o apetite e o metabolismo.

6. Síndrome de Cushing

A síndrome de Cushing é uma condição rara que resulta em níveis elevados de cortisol no organismo. Isso pode ocorrer devido à produção excessiva de cortisol pelas glândulas suprarrenais ou ao uso prolongado de corticosteroides.

A característica principal da síndrome de Cushing é o ganho de peso, especialmente na região do abdômen, rosto e pescoço.

Além do ganho de peso, outros sintomas incluem pele fina e frágil, estrias, fraqueza muscular e alterações emocionais. O tratamento envolve corrigir as causas subjacentes, que podem incluir cirurgia ou a redução do uso de corticosteroides.

Ganho excessivo de peso liga sinal de alerta

É importante destacar que o ganho de peso nem sempre está diretamente relacionado a uma das doenças crônicas mencionadas anteriormente.

Muitas pessoas costumam engordar por uma infinidade de fatores, tanto pelo estilo de vida que levam, o fator genético, dieta e baixos níveis de atividade. No entanto, qualquer ganho de peso substancial e não intencional deve ser considerado um sinal de alerta para buscar ajuda médica.

O aumento significativo de peso, independentemente da causa, pode ter consequências negativas para a saúde, como um maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas de saúde.

Ajuda de um profissional de saúde

Portanto, é essencial que pessoas que experimentam um ganho de peso significativo, sem uma explicação óbvia, busquem orientação médica.

Profissionais de saúde podem realizar uma avaliação abrangente para identificar as causas subjacentes e desenvolver um plano de tratamento apropriado. Além disso, a prevenção desempenha um papel importantíssimo para que a pessoa consiga manter o peso.

Adotar um estilo de vida equilibrado, que inclui uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios, pode ajudar a reduzir o risco de ganho de peso não saudável.

Buscar a ajuda de um profissional especializado da área assim como o acompanhamento periódico também é fundamental para acompanhar a saúde e identificar qualquer problema antecipadamente.

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