Quando o consignado do INSS acabará? Bancos podem restringir a possibilidade

O empréstimo consignado está em xeque. Risco se tornou realidade após bancos não reagirem de maneira positiva ao anúncio do governo federal relacionado à redução do teto das taxas de juros relativas ao consignado do INSS. Confira mais detalhes, logo abaixo, sobre o que pode impactar para os contribuintes e beneficiários que já possuem linha de crédito em vigor.

O empréstimo consignado está em xeque. Risco se tornou realidade após bancos não reagirem de maneira positiva ao anúncio do governo federal relacionado à redução do teto das taxas de juros relativas ao consignado do INSS.
O empréstimo consignado está em xeque. Risco se tornou realidade após bancos não reagirem de maneira positiva ao anúncio do governo federal relacionado à redução do teto das taxas de juros relativas ao consignado do INSS. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Consignado com os dias contados?

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), requisitou ao Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) a diminuição do teto de juros do crédito consignado destinado a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Como resposta, o Conselho Nacional e Previdência social estabeleceu uma taxa máxima de 1,91%, que entrou em vigor no início desta semana.

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Bancos avaliam paralisar oferta de consignado

Apesar da medida ter sido oficializada por meio da publicação no Diário Oficial da União (DOU) em 21 de agosto, alguns bancos, como Itaú, BMG e Daycoval, que oferecem o crédito consignado do INSS com taxas acima do novo teto, ainda estão analisando a redução e, até o momento, não efetuaram a diminuição das taxas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) argumenta que o novo teto não abrange os custos operacionais associados à modalidade de crédito. A entidade expressa preocupações de que essa mudança possa resultar na diminuição da disponibilidade de crédito, impactando especialmente a população mais vulnerável.

Ministro está aberto a negociações

A Febraban destaca que cada instituição financeira precisa considerar se será viável manter a oferta do crédito consignado do INSS sob as novas condições. Essa não é a primeira vez que os bancos manifestam insatisfação com a queda das taxas de juros nessa linha de crédito.

Em fevereiro, quando a taxa foi reduzida de 2,14% para 1,70% ao mês, os principais bancos do país suspenderam a oferta do crédito. Diante dessa situação, o governo interveio, elevando a taxa para 1,97% ao mês. Contudo, Carlos Lupi assegura que está pronto para negociar uma nova redução do teto de juros, caso a taxa básica de juros (Selic) continue a ser diminuída.

Perspectivas e ajustes no setor financeiro

A decisão de limitar o teto de juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas tem como objetivo principal melhorar o acesso ao crédito e alinhar as taxas com as mudanças na taxa básica de juros. As discussões em torno dessa questão devem continuar entre o governo, instituições bancárias e os representantes dos aposentados e pensionistas do INSS.

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