Atenção! Preço do aluguel no Brasil DISPARA e pode subir ainda mais; veja quanto

Reajuste do aluguel cresceu o triplo da inflação no primeiro semestre no país, ficando mais caro em 20% em seis meses em algumas capitais, segundo o índice FipeZap. Aumento das taxas de juros bem como a queda na busca por compras de imóveis pode ter influenciado em preços mais salgados de aluguéis nas principais cidades brasileiras. Saiba mais sobre a inflação imobiliária mais abaixo.

Passo a passo para alugar um imóvel com a imobiliária
Preço médio do aluguel dispara e ultrapassa em 3 vezes o valor da inflação. Foto: Jeane de Oliveira / Noticiadamanha.com.br.

Vida mais difícil para quem vive de aluguel

O brasileiro não tem tido vida fácil na verdadeira montanha russa dos preços nos últimos anos no país. Seja por conta de pandemia, crises na economia internacional e até guerras, tem sido inevitável os reflexos em tudo o que envolve o que o brasileiro precisa gastar. Se antes a preocupação maior estava no preço dos alimentos, agora é a moradia que preocupa. Mais especificamente para quem mora de aluguel.

Segundo o índice de locação de residências, FipeZap, o reajuste médio no valor dos aluguéis subiu 9,24% só no primeiro semestre do ano, alcançando o triplo da inflação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, que de janeiro a junho subiu 2,87%.

Na análise, foram considerados os preços médios de locação de anúncios de imóveis em 25 cidades do país, levando-se em consideração os reajustes dos novos contratos de locação e não os dos imóveis já alugados.

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Capitais sentiram mais com o aumento

Se a notícia já não era boa, para algumas capitais do país o impacto foi mais sentido, sofrendo aumentos que ultrapassaram os 20%. Goiânia lidera a média crescente, com um registro inflacionário de 24,03%, seguido por Florianópolis, com 23,72%. Nas capitais carioca e paulista a porcentagem foi menor, mas ainda assim dolorosa no bolso, com 12,46% no Rio de Janeiro e em São Paulo, conhecida pelo custo de vida mais alto do país, registrando um aumento um pouco abaixo da média, em 7,35%. Logo atrás, aparecem Brasília (7,19%), Salvador (6,62%), Porto Alegre (6,30%) e Recife (4,05%).

Segundo analistas do setor, uma das justificativas para o expressivo aumento no preço do aluguel está relacionado à alta da taxa de juros no país. O aumento da taxa básica fez o custo do crédito imobiliário subir também e com isso o acesso aos financiamentos acabou diminuindo. Se o financiamento ficou menos atrativo, consequentemente quem planejava ter a casa própria por este método desanimou, diminuindo assim o número de pessoas comprando imóveis, e inevitavelmente aumentando o dos que vivem de aluguel. Segundo a lei da oferta e da procura, o aumento da procura por aluguel, encareceu o preço da locação.

Renegociação

O aumento no preço dos novos aluguéis não está diretamente relacionado aos reajustes anuais do contrato de locação. Mas, de acordo com analistas, podem ser um argumento para pedir reajustes maiores na renovação. Hoje os aluguéis são reajustados por dois índices de inflação: o IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, ou o IPCA, medido pelo IBGE.

O IGP-M já foi o indexador usado na maioria dos contratos. Porém, durante a pandemia, com a valorização do dólar e o aumento no preço das commodities, que têm um peso grande na conta do índice, o IGP-M disparou.

Em maio de 2021 o IGP-M chegou a ter alta de 37% no acumulado de doze meses. Isso levou muitos proprietários e inquilinos para a mesa de negociação e trocar o índice  para o IPCA. Depois desse susto, o IGP-M desacelerou e este ano já está em terreno negativo. Nos últimos 12 meses acumula queda de 6,68%.

Motivos para desconto no aluguel? Depende do contrato. A maioria deles preveem reajustes apenas quando a variação é positiva e não diz nada sobre variações negativas. Já o IPCA acumula aumento de 3,16% em doze meses e a projeção é que feche perto dos 5%.

Entre IGP-M e IPCA, qual o melhor índice para balizar os aumentos dos contratos de aluguel? De acordo com especialistas do setor, a queda do IGP-M não é motivo para mudar de índice. Por ter um peso maior de preços no atacado e acompanhar a variação do dólar é um índice com maior instabilidade. E o IPCA reflete melhor o que acontece na vida do consumidor, acompanhando o custo de vida.

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