Adoçante cancerígeno: quais são os produtos com ASPARTAME

Aspartame é cancerígeno? O aspartame, adoçante artificial introduzido nos anos 80 e amplamente utilizado em produtos alimentícios e medicamentos, está sob revisão e análise minuciosa por organizações internacionais de saúde. Com presença marcante em nossas mesas e na indústria alimentícia, o aspartame é agora alvo de investigações para entender seus potenciais efeitos cancerígenos.

Adoçante cancerígeno: quais são os produtos com ASPARTAME
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer está avaliando o aspartame para identificar o possível risco cancerígeno. Foto: divulgação

Adoçante muito utilizado, aspartame pode ter efeito cancerígeno

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA (NCI), o aspartame é um substituto comum para o açúcar desde o início da década de 1980. Sua aplicação mais comum é como adoçante de mesa, mas também é frequentemente utilizado na fabricação de alimentos e bebidas, tornando-se uma alternativa popular para aqueles que buscam opções de baixa caloria, conforme aponta a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC).

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Além de sua utilização em bebidas dietéticas, o aspartame também pode ser encontrado em uma série de outros produtos, desde alimentos preparados até goma de mascar, geleia, sorvete e cereais matinais. Diversos medicamentos, como pastilhas para tosse, e até mesmo produtos de higiene, como pastas de dente, contêm aspartame em sua composição.

No entanto, de acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), o aspartame não costuma ser usado em produtos de panificação, já que não é estável ao calor e perde sua doçura quando aquecido. Por essa razão, sua aplicação fica restrita a produtos que não necessitam de processos de cozimento ou aquecimento.

A IARC descreve o aspartame como um adoçante não nutritivo, com uma capacidade de adoçar aproximadamente 200 vezes maior que a sacarose, o açúcar comum de mesa. Isso faz dele uma opção atrativa para a indústria alimentícia e consumidores que buscam reduzir a ingestão calórica.

Sobre sua composição, o aspartame é um dipeptídeo, ou seja, um composto orgânico derivado de dois aminoácidos: fenilalanina e ácido aspártico. A combinação desses dois elementos resulta em uma substância de sabor intensamente doce, superior ao da sacarose, possibilitando o uso de uma quantidade menor para alcançar o mesmo nível de doçura que o açúcar, conforme explicado pelo NCI.

Ingestão diária

Quanto à ingestão diária recomendada de aspartame, o Comitê Misto de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA) da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estabeleceram em 1981 uma ingestão diária aceitável de 40 miligramas por quilograma (mg/kg) de peso corporal. Contudo, a FDA alerta que pessoas com fenilcetonúria, um distúrbio genético raro que causa dificuldade em metabolizar a fenilalanina, devem evitar ou limitar o consumo de aspartame.

Apesar da presença estabelecida do aspartame em nosso cotidiano, a OMS, por meio do IARC, decidiu recentemente reavaliar o uso deste adoçante. Desde os anos 80, diversos estudos têm sido realizados para entender os possíveis efeitos do aspartame sobre a saúde humana. Agora, o IARC recomendou que o aspartame seja avaliado com alta prioridade entre 2020 e 2024, com foco em identificar possíveis riscos de efeitos cancerígenos.

Da mesma forma, o JECFA se propôs a avaliar o produto considerando possíveis riscos à saúde. Ambas as avaliações estão em andamento e os resultados serão anunciados em 14 de julho de 2023. Essas avaliações complementares têm como objetivo fornecer uma compreensão mais aprofundada do impacto do aspartame na saúde humana e orientar os consumidores sobre seus possíveis riscos.

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