INMET e Marinha emitem AVISO para condições perigosas do clima nesta semana

Previsões sobre o clima nesta semana – A nação se prepara para uma semana de clima intenso, com um ciclo extratropical em formação prometendo abalar áreas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Diversos estados estão em alerta por conta do fenômeno meteorológico que vem na esteira das inundações recentes em Alagoas, que desalojaram e desabrigaram cerca de 24 mil pessoas após intensas chuvas no último final de semana.

INMET e Marinha emitem AVISO para condições perigosas do clima nesta semana
A previsão do clima para esta semana indica tempestades e temperaturas baixas em várias regiões do Brasil. Fernando Frazão/Agência Brasil

Semana terá clima perigoso?

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitiu um “alerta amarelo”, caracterizando um “perigo potencial” de tempestades e chuvas intensas em vários estados do país. Estes incluem Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Roraima e Sergipe.

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O ciclo extratropical, com suas repercussões severas, está previsto para se iniciar na manhã de quarta-feira, dia 12 de julho, estendendo-se até a manhã de sexta-feira, dia 14. As chuvas nos estados do Amazonas, Roraima e Sergipe estão diretamente ligadas ao transporte de umidade, conforme relatório do Inmet.

O instituto salienta que a formação do ciclo extratropical está associada à uma frente fria que deve avançar para além da região Sul, estendendo-se para as áreas do Sudeste e Centro-Oeste. Cesar Soares, meteorologista da Climatempo, reforça que o fenômeno climático é potencializado pelas mudanças climáticas globais, tornando-o mais recorrente e mais forte.

Soares explica: “Esperamos temporais com grandes volumes que podem superar os 100mm e rajadas de vento superiores a 100km/h em todo o território do Rio Grande do Sul e na maior parte de Santa Catarina, entre quarta e quinta-feira”. Os estados do centro-sul são os que devem sentir mais intensamente a passagem do ciclone, com uma tendência de queda de 10°C a 12°C em relação ao dia anterior.

A Marinha do Brasil, de olho nas consequências do ciclone, emitiu uma nota alertando para possíveis ressacas, com ondas que podem alcançar até 4,5 metros de altura, entre Chuí (RS) e Laguna (SC), de quarta a sexta-feira. Os estados litorâneos entre Santa Catarina e São Paulo também poderão ser impactados, com ventos de até 100 km/h.

No último final de semana, volumes de chuva superiores a 80 mm foram registrados em áreas da costa leste do Nordeste. Em João Pessoa (PB), o volume foi de 199 mm; em Maceió (AL), 133 mm e, em Palmares (PE), de 127mm. Soares comenta: “Agora não temos mais tanta circulação de umidade na região do leste nordestino. O Nordeste não está em evidência no quesito chuva, quem está é o Sul”.

Destaques

Um dos destaques da semana é a formação do ciclo extratropical no Sul do país, devido a uma área de baixa pressão localizada entre o norte da Argentina e o Paraguai. O ponto exato onde o ciclone surgirá ainda é incerto, pois alguns modelos meteorológicos indicam que será no litoral do Rio Grande do Sul, enquanto outros preveem que ocorrerá sobre o continente, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os efeitos do frio já começam a ser sentidos no centro-sul do país e devem se intensificar na madrugada de terça-feira, avançando pelo litoral de São Paulo. Além disso, a região Sul, Mato Grosso do Sul e sul de São Paulo podem enfrentar ventos intensos, com rajadas significativas, que podem ultrapassar os 80 km/h em alguns pontos, a partir de quinta-feira. Esses ventos também devem atingir áreas do litoral do Sudeste.

Na região Nordeste, especificamente entre o litoral da Paraíba e do Sergipe, são esperados grandes volumes de chuva até quarta-feira, segundo o Inmet. Além do Alagoas, o transporte de umidade pode atingir a Zona da Mata e o agreste de Pernambuco.

Portanto, os próximos dias prometem ser de intensa atividade climática em todo o país, exigindo preparação e cautela da população, sobretudo nos estados alertados pelo Inmet. O acompanhamento dos boletins meteorológicos e das orientações das autoridades será fundamental para minimizar os impactos desses fenômenos climáticos no dia a dia das pessoas.

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