Atenção, aposentados: Empréstimos devem mudar em breve; confira

Empréstimos a aposentados – No cenário econômico atual, uma nova lei surge como uma luz no fim do túnel para os aposentados que se veem em um mar de dívidas. Recém-publicada no Diário Oficial da União, a legislação promete trazer mudanças consideráveis nos empréstimos consignados para esta população.

Atenção, aposentados: Empréstimos devem mudar em breve; confira
A nova lei trouxe mudanças significativas no cenário dos empréstimos para aposentados, impactando diretamente na margem consignável disponível para quitar as parcelas. | Imagem: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Mudanças nos empréstimos aos aposentados

Esta nova lei tem como principal alteração um aumento significativo no valor considerado mínimo para a sobrevivência e o pagamento de despesas básicas dos aposentados. Esse incremento tem impacto direto na chamada margem consignável, que é o percentual do salário dos aposentados que pode ser destinado à quitação de parcelas dos empréstimos consignados. Essa margem consignável passa por uma modificação considerável com a nova lei, o que deve afetar diretamente as possibilidades de crédito para os aposentados.

Veja também: Quais são as diferenças entre as modalidades de empréstimo do Nubank

Antes da promulgação da nova lei, um aposentado que recebia um salário mínimo, correspondente a R$ 1.320, tinha a possibilidade de comprometer até 77,05% desse valor para quitar as parcelas do empréstimo consignado. Com a nova legislação, entretanto, a margem consignável sofrerá uma redução, passando a ser de 54,55% do salário.

Esta diminuição na margem consignável pode ser vista como uma boa notícia para os aposentados, mas também traz consigo uma série de implicações. Com um percentual menor do salário destinado à quitação de empréstimos, os aposentados terão menos margem de manobra para acessar crédito, o que pode afetar as condições de crédito oferecidas a eles. Esta situação é especialmente preocupante para aqueles com um baixo score de crédito ou com histórico de inadimplência, que podem ter ainda mais dificuldade em obter crédito no futuro.

A nova legislação, por outro lado, se mostra promissora no que diz respeito à proteção do chamado “mínimo existencial”, uma medida que busca proteger os aposentados de endividamentos que possam comprometer sua subsistência. De acordo com o professor de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ednilson Felipe, essa medida busca garantir que o aposentado não perca sua dignidade mesmo diante de dívidas.

Ressalvas

No entanto, nem todos os especialistas são unânimes em elogiar a nova lei. O professor Jorge D’Ambrosio, especialista em finanças, ressalta que a nova política, apesar de auxiliar, não será suficiente para resolver os problemas causados pelo superendividamento entre os aposentados. Segundo ele, o salário mínimo em si já não atende às necessidades básicas das famílias, tornando-se um desafio ainda maior para os aposentados.

D’Ambrosio argumenta que qualquer ajuda do governo por meio de políticas adequadas é bem-vinda, mas ressalta a necessidade de ações mais robustas para combater o superendividamento. Enquanto a nova lei oferece algum alívio aos aposentados, o desafio do superendividamento continua, exigindo soluções cada vez mais inovadoras e eficazes.

Portanto, a nova legislação traz uma série de mudanças importantes para os aposentados no Brasil. Enquanto a redução da margem consignável pode limitar o acesso ao crédito, a proteção do mínimo existencial promete um alívio para aqueles que lutam para manter sua dignidade diante do endividamento. Contudo, o desafio do superendividamento ainda persiste, levantando a questão: qual será o próximo passo na luta pela segurança financeira dos aposentados?

Veja também: Descubra TUDO o que você precisa saber antes de pedir um empréstimo consignado