Mulher é demitida por causa de conversa no WhatsApp; entenda

Professora demitida após conversa no WhatsApp – Em uma decisão de caráter inédito que repercute sobre as atitudes consideradas adequadas no ambiente de trabalho, a Justiça do Trabalho manteve a dispensa por justa causa de uma professora devido a comentários ofensivos e discriminatórios que ela fez em um grupo de WhatsApp, demonstrando que a postura online dos profissionais pode ter implicações significativas em suas carreiras.

Mulher é demitida por causa de conversa no WhatsApp; entenda
A professora foi demitida por justa causa após publicar conteúdo ofensivo no grupo do WhatsApp. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Entenda como a mulher foi demitida após situação no WhatsApp

O caso foi decidido pelo juiz Alexandre Pimenta Batista Pereira, que atuou na 3ª Vara do Trabalho de Governador Valadares, e diz respeito a uma professora que, após a manifestação de um colega de trabalho sobre um tema político, fez declarações pejorativas, discriminatórias e de cunho ofensivo em relação a ele. O magistrado negou o pedido da professora para reverter a decisão da escola que a dispensou por justa causa, afirmando que a conduta dela foi suficientemente grave para romper a confiança necessária para a manutenção do vínculo empregatício.

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A polêmica se desenrolou em um grupo de WhatsApp composto por alunos e professores da 1ª série do ensino médio, onde a docente fez comentários preconceituosos contra um colega de trabalho após uma manifestação política feita por ele. A professora chegou a expressar incredulidade de que tal comentário viesse de alguém “pobre, negro e gay”. O conteúdo publicado causou indignação e repercussão entre alunos, pais e outros docentes da instituição de ensino.

Na sentença, o juiz destacou que a justa causa é a penalidade mais severa que pode ser aplicada a um trabalhador, restringindo consideravelmente seus direitos trabalhistas e rescisórios. Ele afirmou que, nesta situação, cabe ao empregador provar a gravidade da conduta do empregado, caso contrário, presume-se que a dispensa é injusta.

A repercussão do incidente entre a comunidade escolar foi considerável. A instituição de ensino recebeu inúmeras reclamações tanto do professor ofendido quanto de alunos, pais de alunos e outros professores que exigiam uma postura da escola diante do comportamento discriminatório da professora. Em vista disso, a escola decidiu que a demissão por justa causa seria a solução mais adequada, dado o nível de descontentamento gerado pelo incidente.

Professora nega acusação

Por outro lado, a professora negou ter feito qualquer comentário ofensivo e argumentou que suas mensagens foram postadas de forma equivocada e direcionadas a um terceiro, e que assim que percebeu o erro, as apagou. No entanto, para o magistrado, as provas apresentadas confirmaram a acusação da instituição e comprovaram a conduta inadequada da professora.

A professora chegou a assinar uma declaração durante uma reunião com a direção da escola, confirmando que fez os comentários. Esse documento, segundo o juiz, corroborou o fato de que a professora realmente publicou a mensagem ofensiva. Além disso, testemunhas confirmaram que a docente fez comentários discriminatórios e ofensivos no grupo do aplicativo de mensagens.

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