BASTA! Facebook e Instagram fecham o cerco contra notícias nas plataformas; por quê?

Facebook e Instagram vão restringir notícias? Em uma era de informação digital, o acesso livre às notícias online é um elemento crucial para uma sociedade informada. No entanto, um recente impasse entre a Meta Platforms Inc., a empresa-mãe do Facebook e Instagram, e o governo canadense levou a um movimento que pode restringir a capacidade dos usuários de acessar notícias nessas plataformas. O motivo? Uma disputa sobre as obrigações financeiras que as grandes empresas de tecnologia devem ter em relação aos editores de notícias.

BASTA! Facebook e Instagram fecham o cerco contra notícias nas plataformas; por quê?
A decisão do Facebook de limitar o acesso a notícias no Canadá está gerando polêmica entre os usuários. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / pronatec.pro.br

Notícias nas redes do Facebook e Instagram

A Meta anunciou recentemente que está experimentando limitar o acesso a notícias em suas plataformas Facebook e Instagram para usuários no Canadá. Este é um passo importante e surpreendente, dado o papel fundamental que essas plataformas desempenham na disseminação de notícias e informações. Os usuários ficarão cientes de sua inclusão no experimento quando tentarem publicar conteúdo de notícias, pois a proibição também se estende ao compartilhamento de notícias. A empresa indicou que esse é um teste inicial que durará algumas semanas.

Veja também: Nova função do WhatsApp é BOA, mas oferece perigos; entenda

A raiz desse impasse é a recentemente promulgada legislação canadense, conhecida como “Online News Act”. A lei, implementada em abril do ano passado, exige que empresas de tecnologia como a Meta e a Google negociem e remunerem editores de jornais e sites de notícias locais pelo conteúdo que exibem em suas plataformas. Em resposta, a Google, além da Meta, implementou uma medida semelhante para evitar a necessidade de pagar por conteúdo noticioso indexado em seu mecanismo de busca.

Pablo Rodríguez, ministro canadense, expressou fortes críticas a essa iniciativa das empresas de tecnologia. Ele destacou o perigo de permitir que grandes corporações ameacem governos com ações que podem afetar negativamente os cidadãos, sugerindo que a ameaça de cortar o acesso a notícias é inaceitável.

Paralelamente, nos Estados Unidos, Google e Meta, entre outras grandes empresas de tecnologia, estão enfrentando pressões semelhantes. O governo da Califórnia está considerando um projeto de lei que se assemelha ao modelo canadense. Se aprovada, essa legislação também pode levar essas empresas a limitar o acesso a notícias no estado.

Projeto de lei

O projeto de lei em questão na Califórnia é chamado de “Lei do Código de Design Apropriado à Idade da Califórnia”. Além das questões relacionadas à remuneração de conteúdo noticioso, a lei também visa tornar a navegação na Internet mais segura para crianças e adolescentes, exigindo que as plataformas tenham configurações rigorosas de privacidade habilitadas por padrão para usuários menores de 18 anos.

Esses movimentos de restrição de acesso às notícias por parte das grandes empresas de tecnologia refletem um ambiente cada vez mais tenso entre governos e big techs. Conforme as autoridades procuram maneiras de garantir uma remuneração justa para os produtores de conteúdo, as empresas de tecnologia parecem estar se esquivando das novas obrigações financeiras que essas leis poderiam impor. Enquanto o impasse continua, os usuários das plataformas permanecem presos no meio, possivelmente enfrentando restrições no acesso às notícias – uma peça crucial para uma cidadania informada e engajada.

Veja também: CUIDADO! Salve seus contatos do celular, pois o Google pode SUMIR com eles