Ciência descobre relação entre consumo de açúcar e Alzheimer

Por mais que muitas pessoas já tenham escutado falar sobre o Alzheimer, poucos sabem como realmente funciona. Trata-se de um transtorno neurodegenerativo progressivo. Compromete as células do cérebro e resulta na constante perda de memória. Os cientistas não sabem muito bem o porquê isso acontece: mas é válido lembrar que as células responsáveis são diferentes das demais células do corpo. Todas as nossas células possuem o poder de regeneração, exceto as dos neurônios. Cientistas criaram uma relação entre o consumo de açúcar (glicose) e o Alzheimer! Entenda o que foi descoberto e o que pode ser feito para evitar.

Idoso
Ciência descobre relação entre consumo de açúcar e doença degenerativa | Image by Steve Buissinne from Pixabay

Cientistas descobrem relação entre açúcar e Alzheimer

Já faz algum tempo que os cientistas descobriram que há uma relação entre o diabetes tipo II e o Alzheimer. Os portadores da doença têm mais tendência a posteriormente desenvolver alzheimer. Isso porque o súbito aumento da ingestão de açúcar acaba proporcionando um ambiente fértil para o desenvolvimento da condição.

Porque os elevados índices de glicose no sangue acabam gerando um grande acúmulo de placas amiloides no cérebro. Aumentando o risco do desenvolvimento do Alzheimer. Lembrando que esta ‘placa amiloide’ é rica em compostos formados por proteínas tóxicas para o cérebro.

Essa descoberta acarreta em uma série de novas possibilidades de tratamento e até mesmo prevenção. Os testes foram feitos em ratos de laboratório. Cujo a equipe forneceu para eles águas diferentes. Uma rica em açúcar e a outra natural. Os ratos que ingeriram a água com açúcar tiveram muito mais acúmulo de beta-amiloide no cérebro.

Portanto, essa descoberta representa que quanto maior for o nível de açúcar no sangue: maiores são as chances do desenvolvimento e proliferação das placas amiloides, consequentemente, aumentando o risco do paciente desenvolver o Alzheimer.

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Equipe explica como funciona na prática

Para compreender melhor como funciona a condução das moléculas nessa condição, a equipe de pesquisa identificou o sensor metabólico responsável. Então, verificaram que quando havia uma determinada mudança no metabolismo ocorria um disparo mútuo da produção de beta-amiloide.

Estes sensores estão sendo relacionados aos canais de potássio sensíveis ao ATP. O ATP é uma das fontes de energias cujo as células precisam para se manter vivas. Os canais são responsáveis por verificar a quantidade de energia disponível para uma função saudável.

Portanto, a interrupção desses sensores acaba interrompendo a maneira que o cérebro trabalha. Através de mutações genéticas, os cientistas conseguiram remover esses sensores dos ratos e com isso: as elevações do açúcar no sangue já não resultaram no acúmulo de amiloides no cérebro.

Os autores da pesquisa afirmou que esses sensores metabólicos são responsáveis pelo surgimento do Alzheimer. E que o estudo desses sensores mais a fundo nos humanos pode ser o caminho para evitar o desenvolvimento do Alzheimer e inclusive sugerir novos tratamentos.