“Ninguém mandou emprestar”, diz ministro para bancos sobre fim do saque-aniversário

O saque-aniversário do FGTS é uma modalidade nova que acabou fazendo com que a economia brasileira tivesse um crescimento nos últimos anos, já que no mês do aniversário do trabalhador, ele teria a possibilidade de efetuar o famoso ‘saque’. Todavia, o atual Governo estuda acabar com essa possibilidade a fim de não prejudicar a verdadeira finalidade do FGTS, que é proteger os trabalhadores ao serem demitidos. O assunto vem gerando bastante discussão, entre os trabalhadores e agora, com os bancos também, entenda o motivo.

Pessoa entregando dinheiro na mão de outra
Grande polêmica envolvendo o saque-aniversário vem à tona | Jeane de Oliveira/ Noticiadamanha.com.br

Os bancos fazem empréstimos usando o FGTS como garantia

Uma prática que se tornou bastante comum, além do saque-aniversário, foi a possibilidade de fazer empréstimo consignado usando como garantia o FGTS que o trabalhador possuía. Todavia, caso os planos do Ministro do Trabalho se concretizem, a operação também deve ser suspensa.

Não sabe-se ainda o prejuízo que isso iria levar aos bancos que emprestaram dinheiro sob a garantia do FGTS. Mas o atual ministro foi bem duro ao pontuar: “Problema é dos bancos, não é problema meu. Ninguém mandou emprestar”. Ele ainda salientou que o objetivo principal do fundo não é para empréstimos. 

E embora as empresas de crédito estejam com medo do rombo que isso pode trazer, Marinho não considera que isso seja um fator decisivo para mudar sua escolha ou até mesmo para que tenha uma alteração na proposta. Lembrando que o assunto em questão ainda será debatido em breve. 

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A preocupação do ministro é com o trabalhador após perder o emprego

O Ministro defende que isso seria uma espécie de ‘mal necessário’, pois quando o trabalhador efetua o saque-aniversário, caso ele seja demitido, não pode sacar o saldo. Portanto, ele já estava com dificuldades – pois perdeu o emprego – e ficará pior ainda, pois nem direito ao FGTS ele terá. 

Ele considerou isso em uma de suas falas, afirmando que o momento citado anteriormente, é análogo a ‘rua da amargura’. “Quem é demitido não pode sacar o saldo. Deixa o trabalhador na rua da amargura no momento em que ele mais precisa sacar. Ele é opcional, mas está errado. Se o salário não está dando, tem que ir lá fazer campanha, não sacar um fundo para proteger quando da demissão”

Agora o que todos estão aguardando é a decisão final acerca de como ficará o assunto em questão. Mas se alguém deve se preocupar nessa história, é os bancos, pois Marinho pontua que sua maior preocupação é com os trabalhadores e não com as instituições financeiras. 

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