Após 40 anos, a ciência conseguiu detectar um novo tipo sanguíneo, chamado de Er, esse tipo de sangué pode ajudar a entender melhor os problemas como transfusões de sangue, incluindo o caso principalmente na relação de mães bebês durante a gravidez, pois muitas vezes essa incompatibilidade leva a abortos.
Todo ser humano tem um tipo sanguíneo que é analisado pela presença ou a ausência de antígenos, os mais comuns são A,B, O e ABC (denominados como positivos e negativos), porém ainda sim, alguns são mais raros que os outros. O que muitos brasileiros não imaginam é que ainda existe uma grande diversidade de antígenos e suas variantes.
A instituição Universidade de Bristol foi quem descobriu o novo tipo sanguíneo, Ash Toye que é o biólogo celular afirma: “Este trabalho demonstra que mesmo depois de todas as pesquisas realizadas até agora, um simples glóbulo vermelho ainda pode nos surpreender.
A descoberta do Er pode ajudar no que?
Conforme as informações compartilhadas que foram baseadas nas pesquisas, o tipo sanguíneo que foi descoberto recentemente – Er – tem antígenos que podem combinar com anticorpos, assim todas as células imunes conseguem atacar as células que o sistema identifica e descarta como incompatíveis. Todavia, ainda precisa de muitos estudos para verificar se realmente essa reação vai conseguir ajudar com os casos de incompatibilidade sanguínea.
O porquê ocorre a incompatibilidade sanguínea? Basicamente, esse tipo de fato ocorre quando uma célula sanguínea possui um antígeno que o nosso corpo não consegue identificar, ou seja, ele não reconhece que é do nosso próprio corpo, consequência disso, automaticamente o nosso sistema imunológico é ativado rapidamente e envia anticorpos para indicar as células com antígeno suspeitos, pois a partir do momento que o nosso organismo não reconhece, ele acredita ser uma ameaça para o nosso corpo.
Na gestação isso acontece muito, pois os anticorpos criado pela mãe vão automaticamente para o bebê, e assim acontece o aborto ou pode virar uma doença hemolítica (é quando os glóbulos vermelhos de um bebê recém-nascido são destruidos pelos anticorpos da mãe). Por mais que hoje em dia a tecnologia junto com a saúde e métodos contra a condição tenha mais eficiência do que antigamente, infelizmente, alguns casos ainda não conseguem ser revertidos.
Por mais que ainda precisam realizar estudos para comprovar se realmente esse novo tipo sanguíneo consegue ajudar nesta questão, as expectativas já são grandes para que realmente dê certo e todos os casos consigam ser revertidos, pelo menos cerca de 90% entre 100. Pois ainda neste ano de 2022 o novo tipo sanguíneo pode ser oficializado, através do encontro da Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue.
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Informações publicadas sobre o tipo sanguíneo Er na revista científica Blood
Conforme compartilhado pelo Science Alert, no século 20 foi quando houve a maior descoberta dos tipos sanguíneos. O tipo Er, foi identificado pela primeira vez no ano de 1982 e entrou para a lista de tipagens já vistas. Todavia, ao ser analisado descobriram que tinha cinco variações do Er:
- Er a
- Er b
- Er3
- Er4
- Er5
Na revista científica Blood, foi publicado que através do estudo foi identificado que as 5 variantes possuem algo em comum, a proteína Piezo1, que foi encontrada nos glóbulos vermelhos, que atualmente já é de conhecimento científico.
Ash Toye que é o biólogo celular afirma: “A proteína [Piezo] está presente em apenas algumas centenas de cópias na membrana de cada célula, este estudo realmente destaca a antigenicidade potencial mesmo de proteínas muito pouco expressas e sua relevância para a medicina transfusional”.
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